(Foto: Alexandre Dornelas)

Pedestres tiveram informações sobre Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa, enfermidades que não têm cura, mas podem ser tratadas (Foto: Fayne Ferrari)

Professores e residentes de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realizaram uma ação, nesta sexta, 19, no campus de Juiz de Fora para informar os pedestres sobre a Retocolite Ulcerativa e a Doença de Crohn, enfermidades que não têm cura, mas podem ser tratadas de forma a proporcionar maior qualidade de vida ao paciente. Esta data é lembrada como o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal e as ações fazem parte da Campanha Maio Roxo, de conscientização sobre doenças inflamatórias.

A Doença de Crohn pode acometer qualquer área do trato gastrointestinal, da boca ao ânus. Já a Retocolite Ulcerativa afeta somente o intestino grosso. Ambos os transtornos inflamatórios são de causa desconhecida. As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) têm vários sintomas e muitos deles são os mesmos. “Os pacientes com DII podem ter dor abdominal, diarreia, emagrecimento, às vezes febre baixa e dores nas articulações. Mas o que as diferencia é que a Retocolite às vezes causa sangramento nas fezes, e o Crohn, não”, explica a professora de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da UFJF e coordenadora do ambulatório de DII do Hospital Universitário – Centro de Atenção à Saúde (HU/CAS), Liliana Andrade Chebli.

Mas entre todos os sintomas, o principal é a diarreia crônica, aquela que afeta o paciente por  mais de quatro semanas. “Esse paciente já tem que procurar um atendimento médico para investigar doenças que causam diarreia crônica, entre elas as Doenças Inflamatórias Intestinais”, conta Liliana.

HU/CAS
O HU/CAS conta com dois ambulatórios para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com Doenças Inflamatórias Intestinais. O programa gratuito já existe há 23 anos. Segundo a professora Liliana  Chebli, os enfermos vêm de Juiz de Fora e cidades da região e também de outros estados. “Juiz de Fora drena uma região, incluindo do estado do Rio de Janeiro, como enfermos de Três Rios e Paraíba do Sul. Temos pacientes até da Bahia”, relata Liliana.

Bianca Varela Rios passou pelo ambulatório. A empresária foi diagnosticada com Doença de Crohn, em 2000, quando tinha 20 anos. Neste ano, ela descobriu que também tem Retocolite Ulcerativa. No começo, a vivência com a doença foi difícil, mas hoje ela tem uma vida normal. “Depois da doença, eu engravidei, e hoje tenho uma filha de cinco anos. A minha gravidez foi super tranquila. De início, a gente ficava preocupada com essa questão, se eu ia poder ser mãe, porque eu descobri a doença muito cedo. E no entanto eu fui mãe, amamentei, então tenho uma vida normal, mas fazendo tratamento rigoroso, com a medicação, acompanhamento de médicos da área e todos os exames de rotina”, conta.

A paciente foi diagnosticada pela primeira vez  no Hospital Universitário. “Os médicos são excelentes, os profissionais são maravilhosos. Inclusive eles me deram o diagnóstico, tratei muitos anos lá. E se eu tivesse um pouco mais de tempo, eu faria meu tratamento todo pelo HU. A questão é mesmo o horário”, avalia.

Os ambulatórios ficam no segundo andar do HU/CAS. O horário de funcionamento é nas terças-feiras, das 8h às 12h e nas quintas-feiras, entre 13h e 18h. O endereço é Avenida Eugênio do Nascimento, s/nº, Bairro Dom Bosco.

Outras informações
(32) 4009-5401 – Hospital Universitário – Centro de Atenção à Saúde