Bárbara Andrade (de vestido preto) com a banca examinadora após a defesa da dissertação no dia 22 de fevereiro na UFJF (foto: arquivo pessoal)
A alimentação continua sendo a melhor aliada na busca pela saúde perfeita. E, quando existe a necessidade de um tratamento específico, então, os benefícios são bem maiores. A mestranda em Saúde Coletiva, Bárbara Danelon Andrade, que é nutricionista, escolheu como tema de sua dissertação, o “Efeito de Atividades de Educação Alimentar e Nutricional no Perfil Clínico de Pacientes com Doença Renal Crônica em Tratamento Hemodialítico.” Devido às intensas modificações e restrições de alimentação a que estes pacientes são submetidos desde o início da doença até a fase da Terapia Renal Substitutiva (TRS), ela observou que se torna imprescindível a adoção de novos hábitos.
“A hemodiálise é a modalidade de TRS mais utilizada entre os portadores de doença renal crônica. Apesar da eficiência deste tratamento no aumento da sobrevida dos pacientes, este é um procedimento que requer acompanhamento nutricional, uma vez que há intensas modificações no perfil da dieta dos pacientes dialíticos. Há, principalmente, necessidade de restrição na ingestão de água, além de fósforo, potássio e sódio”, diz, justificando a escolha do tema.
Para a dissertação, Bárbara realizou atividades de educação alimentar e nutricional com pacientes do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF) e avaliou a influência que eles tiveram sobre o perfil nutricional. Ela observou que, durante as atividades, os indivíduos se empenharam mais no tratamento e participaram efetivamente das escolhas alimentares. Ela notou, também, maior interesse por parte do grupo, com mais questionamentos e discussões sobre a alimentação. O trabalho foi considerado enriquecedor pela mestranda, uma vez que o contato com os pacientes foi estreitado e ela alcançou seu objetivo de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
Orientadora de Bárbara em sua dissertação, a professora do Departamento de Nutrição da UFJF, Aline Silva de Aguiar, explica que a Educação Alimentar e Nutricional tem como característica o uso de instrumentos lúdicos e de fácil compreensão dos indivíduos. “É possível sugerir que ela contribuiu para o melhor entendimento da doença renal crônica e das restrições alimentares necessárias durante a hemodiálise”, conclui.
Banca Examinadora:
Aline Silva de Aguiar (orientadora UFJF)
Larissa Loures Mendes (co-orientadora UFMG)
Michele Pereira Netto (UFJF)
Lilian Cuppari Valle (UFSP)
Outras informações: (32) 2102 – 3830 – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva