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Quatro empresas que atuam em Juiz de Fora e cidades vizinhas foram estudadas (foto: Estela Loth/UFJF)

A mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído (PPGAC), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Flávia Maria Ávila dos Santos defendeu nesta terça-feira, 4, a dissertação “Impactos da Aplicação da ABNT NBR 15.575/2013 na Manutenção das Edificações”. O estudo analisa a Norma de Desempenho de Edificações da ABNT que atua como um balizador da construção civil, tanto para o trabalho dos  arquitetos quanto dos engenheiros civis.

O objetivo da pesquisa é verificar de que forma as empresas se comportam em relação à norma desde o seu surgimento em 2008, passando pela sua revisão em 2010 e sua efetiva promulgação como “NBR 15.575” em 2013. “Ela é uma importante ferramenta na atribuição de qualidade e desempenho de um empreendimento quando pensamos em manutenção e ações de preservação. Além disso a norma possibilita promover um impacto na vida útil da edificação que pode ser conservado ou, muitas vezes, aumentado.”

A pesquisadora explica que a norma 15.575 estabelece premissas que as empresas devem adotar para atender às exigências dos usuários em três níveis de desempenho: o mínimo, que é obrigatório, o intermediário e o satisfatório. “É definido em norma que uma vez que os requisitos voltados para o desempenho mínimo são atendidos, as exigências dos usuários são consideradas satisfeitas.”

Para realizar o estudo, a mestranda analisou o trabalho de quatro empresas que atuam em Juiz de Fora e cidades vizinhas. “Identifiquei que existem ainda muitas lacunas em relação ao cumprimento da norma e ao exercício projetual das empresas, o que difere do cenário encontrado nos grandes centros urbanos.”

Flávia acrescenta, ainda, que “foi unânime entre as empresas analisadas que a maior dificuldade encontrada é em relação ao custo de projeto que aumenta um pouco. No entanto, é preciso avaliar a contrapartida dos benefícios advindos e do caráter obrigatório, mesmo que o preço final seja realmente impactado.”

A acadêmica explica que, apesar de ser uma norma criada pela ABNT, ainda não há um agente fiscalizador efetivo. “Precisamos de um esforço maior em relação à divulgação e à conscientização de que a norma é obrigatória. As pessoas têm que seguir essa normatização para melhorar o mercado e a qualidade dos empreendimentos de forma geral.”

Para a professora orientadora da dissertação, Maria Aparecida Steinherz Hippert, o estudo se mostra extremamente relevante ao tratar de um tema novo. “O impacto que a norma 15.575 está trazendo ao setor da construção civil foi o objeto de estudo deste trabalho que traz como desdobramento a necessidade de as empresas e profissionais se inteirarem da normatização, haja visto que ela tem um poder de lei por ser uma norma técnica da ABNT.”

Contatos:
Flávia Maria Ávila dos Santos (mestranda)
flaviaavila@outlook.com.br

Profa. Dra. Maria Aparecida Steinherz Hippert (orientadora – UFJF)
aparecida.hippert@ufjf.edu.br

Banca examinadora:
Maria Aparecida Steinherz Hippert (orientadora – UFJF)
Marcos Martins Borges (UFJF)
Paulo Roberto Pereira Andery (UFMG)

Outras informações: (32) 2102-6465 – Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído (PPGAC)