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Copa será disputada por seis equipes e Fórum conta com palestras, mesas redondas, relatos de experiências e apresentação de pôsteres (Foto: UnB Agência/via Visualhunt.com)

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) promove, nos dias 8 e 9 de abril, dois eventos inteiramente dedicados ao futsal feminino. O 1º Fórum Futsal de Mulheres e a 1ª Copa de Futsal de Mulheres acontecem, de maneira integrada, na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid). A iniciativa do “Tá Jóia Futsal Clube” conta com o apoio do Programa de Educação Tutorial (PET) e do Grupo de Pesquisa em Gênero, Educação Física, Saúde e Sociedade (Gefss), da Faefid.

Nos dois dias, das 9h às 15h, acontece o Fórum, com palestras, mesas redondas, relatos de experiências e apresentação de pôsteres. A programação com os convidados ainda está sendo definida, mas os  temas já estão pré-estabelecidos: “Mulheres no esporte”; “Preparação geral em torno do futsal de mulheres”, “Projetos de futsal de mulheres em Juiz de Fora” e “Arbitragem de mulheres”. Já os jogos da Copa, também nos dois dias, começam às 15h30, e serão disputados pelos primeiros seis times que se inscreverem. Esses times, por sua vez, estarão distribuídos em duas chaves, avançando depois para semifinais e finais.

Para a diretora de comunicação do clube, Eveline Amaral, havia carência de um evento que, além de viabilizar jogos entre os times, aliasse conhecimento e troca de experiências entre os projetos de futsal para mulheres em Juiz de Fora e região. “A idealização do Fórum se deu pela necessidade de intercambiar conhecimento e as experiências dos diversos projetos de futsal de mulheres que vêm se organizando e se consolidando na cidade, buscando assim o maior desenvolvimento dos mesmos e, sobretudo, da modalidade. A proposta é integrar todos esses projetos, trazendo informação, diversão e lazer,” afirma.

Já aluna do PET Faefid, Tuany Mageste, acredita que, com a organização do evento, haverá maior visibilidade para as mulheres no esporte, para o futsal feminino e para os times juiz-foranos que estão crescendo e cada vez mais atuantes dentro do esporte. “Com isso, queremos dar mais apoio para esse pessoal, que está vindo com tanta disposição, e trazer ideias novas para melhorar o esporte e introduzir mais mulheres nessa modalidade que todo mundo gosta,” pontua.

As vagas para o Fórum são limitadas e as inscrições estão abertas. Será cobrada uma taxa de R$ 15 por pessoa; enquanto que, para times, de até 15 integrantes, a taxa é de R$175; sendo que todos terão acesso ao Fórum. Há uma página do evento, onde é possível a interação entre os times e os participantes do Fórum.

PET e Gefss
O Programa de Educação Tutorial (PET) da Faefid, sob a coordenação da professora Ludmila Mourão, vem debatendo esse tema em suas ações de pesquisa, extensão e ensino e colabora com a organização e divulgação do evento. Já o Grupo de Estudos em Gênero, Educação Física, Saúde e Sociedade; também coordenado por Ludmila, dará todo o suporte, sob o ponto de vista acadêmico, durante as palestras e mesas redondas. Segundo a professora, o que se encontra em Juiz de Fora não é diferente do que acontece no Brasil. O esporte ainda é uma ação de poucas mulheres. O que se tem visto são poucas meninas interessadas em futebol, mas que não conseguem permanecer jogando ao longo de suas vidas, porque  estes espaços ainda são muito restritos.

“Falar de futebol que representa e integra a identidade nacional não vai significar dizer que o acesso a esse esporte tenha sido igualitário para todos os grupos que se encantaram por ele. Desde o surgimento no Brasil, essa modalidade ancora uma desigualdade de gênero e esses desdobramentos ainda vão ser sentidos na atualidade. Existem algumas experiências em Juiz de Fora, de crianças que jogam nos campeonatos em times mistos e, às vezes, são impedidas de jogar neles, porque não há times exclusivamente femininos,” sustenta Ludmila.

“É um evento de grande importância para a comunidade acadêmica e para aquelas praticantes de futsal; por promover experiências concretas de mulheres jogando futebol e o debate sobre a prática. Ele tem uma característica interessante, que é de empoderar esse tema tão interditado historicamente no Brasil e  também de permitir a visibilidade da prática de mulheres jogando com outras mulheres. Então há a possibilidade de trabalhar tanto na via do conceito de representações e de visibilidade, quanto na do empoderamento. O nosso Fórum vai refletir sobre esses temas, além de ampliar esse universo entre os participantes,” conclui.

Mais informações:
(32) 2102-3281 (Faculdade de Educação Física e Desportos)