Microraptor  - Projeto de Aeromodelos 1 Foto Géssica Leine

Estudantes das engenharias, de Ciências Exatas e do IAD desenvolvem o projeto desde fevereiro (Foto: Géssica Leine)

Mais de mil universitários de 18 estados brasileiros e de universidades do México, da Polônia e da Venezuela, participarão da 18º Competição SAE Brasil AeroDesign, entre os dias 3 e 6 de novembro, em São José dos Campos, São Paulo. O desafio desta edição é criar um avião rádio controlado que possa voar com determinada carga e no meio do percurso despejar esse volume e continuar o voo, obtendo assim uma variação de peso durante o trajeto. Veterana na competição, a equipe MicroraptorUFJF está confiante em um bom resultado.

Formada por 20 alunos das engenharia Civil, Elétrica e Mecânica,  e de Ciências Exatas e do Instituto de Artes e Design (IAD), a equipe de aerodesign da UFJF começou o planejamento e a produção do avião em fevereiro, quando o edital da competição foi publicado. A estudante do terceiro período de Engenharia Civil, Mayra de Almeida, explica que a preparação para a competição acontece desde fevereiro e que o projeto tem uma parte técnica, sobre a qual é feito um relatório, e outra fase de fabricação e testes de vôo.

Para esta edição, houve mudanças em relação às últimas temporadas, sendo que a principal delas foi a alteração de peso durante o trajeto de voo. Segundo o estudante do sétimo período de Engenharia Elétrica, Antônio Pancoti, os desafios foram grandes. “Nos anos anteriores, o avião só tinha que carregar uma bolinha de tênis. Você fazia o percurso e pousava com ela. Para essa temporada, colocaram o conceito de pesos variados durante o voo. Você solta a carga durante o percurso e continua o trajeto, aumentando, assim, a dificuldade e o desafio.”

O avião que será utilizado é uma evolução dos projetos de anos anteriores. “A asa é diferente do convencional. Utilizamos um material chamado depron para otimizar o projeto,  deixando-o mais barato e mais viável. Buscamos sempre a profissionalização do nosso processo produtivo. Usamos corte a laser em algumas peças, confeccionamos peças em 3D e sempre buscamos uma exatidão de cálculos e angulações no nosso trabalho”,  acrescenta o aluno do sétimo período de Engenharia Civil, Mario Henrique Cabral.

Financiamento coletivo

A Microraptor ainda busca angariar fundos para custear a viagem para São José dos Campos, e aposta na contribuição coletiva por meio do site Vakinha. Segundo Mayra, até agora menos de 10% da meta estipulada foi alcançada.  “Pensamos em algumas ideias para angariar fundos, fizemos a Vakinha onde o pessoal pode entrar e fazer doação, além de rifas que fizemos durante o ano e de alguns patrocínios que conseguimos. O financiamento coletivo é muito importante por conta das despesas da viagem para São José, ainda estamos muito abaixo da nossa meta e esperamos que melhore nesses últimos dias.”

Para contribuir com qualquer valor basta acessar o site Vakinha

Outras informações: Microraptor no Facebook