A ex-jogadora de voleibol feminino da seleção brasileira e natural de Juiz de Fora, Márcia Fu, esteve na tarde dessa quarta-feira, 27, na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) para conferir as delegações que estão treinando na UFJF. Ela foi levada por uma equipe de imprensa e se mostrou emocionada com o clima olímpico no Campus. Márcia participou de três olimpíadas, disputou uma partida histórica com Cuba nos Jogos de Atlanta em 1996 e conquistou a medalha de bronze na mesma competição. Hoje, mostrou o quanto está feliz em ver os jogos olímpicos chegando ao Brasil.
No Centro Olímpico da Faefid, Márcia foi recepcionada também por alguns torcedores que acompanhavam os treinos dos atletas chineses que aconteciam na pista de atletismo. Sempre sorridente, parou para tirar fotos com alguns que relembraram o sucesso da atleta nas quadras.
No bate papo com jornalistas, Márcia ressaltou a importância do voleibol na sua vida e os aprendizados que o esporte lhe trouxe: “O vôlei me ensinou tudo. Eu tive sorte de ser uma pessoa talentosa. Tive bons treinadores, comecei com o André Muzzi aqui em Juiz de Fora. Graças ao voleibol aprendi a conviver em grupo, a entender o problema das pessoas, e a gente tem que saber interagir para chegar a um objetivo comum, como era na seleção brasileira. Às vezes, uma tinha que jogar mais do que a outra, porque a outra não estava em um bom dia. Então, tudo é um grande aprendizado.”
Ao falar da importância do Brasil sediar as Olimpíadas, a ex-jogadora lamentou o momento delicado que o país enfrenta, mas lembrou como o evento, sobretudo o esporte, pode trazer coisas boas aos brasileiros: “acho que é uma coisa para dar bons exemplos para os brasileiros. Todos os brasileiros podiam ver, prestar bem atenção, que numa Olimpíada só tem atleta do bem, que faz coisa boa, que traz retorno para o seu país, que são saudáveis, que treinam, abdicam da vida pessoal para dar a alma para o país deles”.
Com relação à seleção brasileira atual, comandada por José Roberto Guimarães, Márcia está otimista e deseja que as atletas tragam medalhas para o país. Mas ela também comenta como a expectativa do brasileiro sobre o voleibol de hoje e de sua época são diferentes: “naquela época, o Brasil nunca tinha ganho uma medalha olímpica, não tinha uma responsabilidade de ganhar uma medalha olímpica. Então, nós entramos em uma olimpíada querendo ganhar, mas não com a responsabilidade de ganhar. Hoje, é um pouco diferente, como já tem medalha no feminino, medalha no masculino, ainda mais sendo no Brasil, eu acho que a equipe brasileira entra um pouco com a responsabilidade de trazer medalha de qualquer forma.”