Claudio Ribeiro - cravista - Festival de Música Colonial Foto Divulgação

Cláudio Ribeiro, radicado na Holanda desde 2000, trabalha como cravista e regente com diversas orquestras e conjuntos, paralelamente às atividades como professor (Foto: Divulgação)

O tema L’Europe Réunie, desenvolvido pelo Collegium Musicum Den Haag (CMDH) no concerto que abriu o 27º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga do Centro Cultural Pró-Música/UFJF, no último domingo, inspira também o programa da apresentação que os solistas da orquestra barroca holandesa realizam nesta quarta-feira, dia 27, no Teatro Pró-Música/UFJF. As apresentação começa às 20h, com entrada franca.

De acordo com o diretor artístico do CMDH e cravista Claudio Ribeiro, os solistas apresentarão obras dos principais compositores barrocos europeus, incluindo um concerto da coleção Les goûts-réunis, de Couperin. “O foco do programa é nas obras de Telemann, que apesar de ser um compositor alemão, tinha um vasto conhecimento e domínio de todos os estilos da época e representava muito bem essa ideia de um estilo composicional misto.”

Serão apresentadas duas trio-sonatas do compositor e uma suíte de peças do Der getreue Music-Meister, revista musical publicada pelo próprio Telemann e o primeiro periódico musical alemão, com obras de sua autoria e de outros compositores, como Bach, Zelenka, Pisendel e Weiss. “Os movimentos eram publicados em números separados da revista, fazendo assim com que o público continuasse comprando”, ressalta o cravista.

Programa

Georg Philipp Telemann (1681-1767)

Trio-sonata em lá menor TWV 42:a4 (Hamburgo, 1739-40)

Largo – Vivace – Affettuoso – Allegro

François Couperin (1668-1733)

Huitiéme Concert dans le Goût Théatral – excertos (Paris, 1724)

Ouverture – Grande Ritournéle – Air: Noblement – Air: Tendre – Air anime et leger – Sarabande – Air de Baccantes

Jean-Marie Leclair (1697-1764)

Sonata I em lá menor, Premier Livre (Paris, 1724)

Adagio – Allemanda: Allegro – Aria: Gratioso – Giga: Allegro

Inês d'Avena - flauta doce - 27º Festival de Música Colonial Foto Divulgação

Inês d’Avena, flautista doce, une suas atividades como concertista, pesquisadora e professora (Foto: Divulgação)

  1. Ph. Telemann

Suite Der getreue Music-Meister (Hamburgo, 1728-29)

Ouverture “L’hiver”: Gravement – Vite – Largo – Sans Souci – Alla breve – Lento – Pastourelle

  1. S. Bach (1685-1750)

Suite BWV 1007 em sol maior  – excertos

Allemande – Minuet I & II – Gigue

  1. Ph. Telemann

Trio-sonata em ré menor, TWV42:d10

Allegro – Adagio – Allegro – Presto

Saiba mais sobre os músicos

Inês d’Avena – flauta doce: nascida no Rio de Janeiro, em 1983, a flautista doce Inês d’Avena destaca-se por unir com naturalidade suas atividades como concertista, pesquisadora e professora. Apresenta-se regularmente como solista, musicista de câmara e em formações orquestrais por toda a Europa e também no Brasil. Seus CDs, publicados pelos selos ORF Edition Alte Musik, Passacaille e Channel Classics, têm sido recebidos com grande entusiasmo pela crítica especializada. Venceu o II International Competition Prince Francesco Maria Ruspoli e, além do Lotus, é membro do Collegium Musicum Den Haag, Schifanoia e La Cicala, e faz parte da Amsterdam Baroque Orchestra desde 2008. É bacharel e mestre pelo Conservatório Real de Haia (onde estudou com Reine-Marie Verhagen e Sébastien Marq), e doutora pela Universidade de Leiden. Em paralelo às atividades como professora de flauta doce, é supervisora de mestrado do Conservatório Real de Haia, já teve diversos artigos acadêmicos publicados no “Journal of the American Musical Instrument Society”, “Music + Practice”, “Blokfluitist” e “Recercare”, e foi pesquisadora residente da Fundação Cini/Instituto Italiano Antonio Vivaldi.

Cynthia Miller Freivogel - violino barraco - 27º Festival de Música Colonial Foto Divulgação

A violonista Cynthia Miller Freivogel é spalla da Baroque Chamber Orchestra of Colorado e da Artek Chamber Orchestra de New York (Foto: Divulgação)

Cynthia Miller Freivogel – violino barroco: a violinista é spalla da Baroque Chamber Orchestra of Colorado e da Artek Chamber Orchestra de New York. Além do Collegium Musicum Den Haag, já liderou e atuou como solista com Concerto Köln, Joshua Rifkin’s Bach Ensemble e Musica Poetica. É membro do Tulpen Consort e Hopkinson Trio e colabora também com Vox Luminis, Scorpio Collective, Holland Baroque Society, Amsterdam Baroque Orchestra, Concerto d’Amsterdam, Northern Consort e Luther’s Bach Ensemble. Foi membro do Brandywine Baroque, com o qual gravou diversos CDs, incluindo Op. 5 de Corelli, para o selo Plectra, e também foi fundadora do Novello Quartet e do Coriolan Quartet. Sua versatilidade levou-a a colaborar com artistas visuais e bailarinos, aliando música antiga a coreografias de Garrett Ammon para a companhia de dança Wonderbound (Denver, Colorado). Antes de decidir dedicar-se à música antiga, foi membro da Osesp, da New World Symphony, em Miami, da Royal Concertgebouw Orchestra, em Amsterdam, da Colorado Music Festival Orchestra, em Boulder, além de ter colaborado com a Handel & Haydn Society, em Boston, e com a Philharmonia Baroque Orchestra, em San Francisco. É bacharel em musicologia pela Universidade de Yale e mestre pelo Conservatório de San Francisco, tendo estudado com Camilla Wicks e Marylou Speaker Churchill. Paralelamente à atividade de concertista internacional, é professora Suzuki certificada.

Anton Baba – violoncelo barroco:  violoncelista e gambista, o australiano especializou-se na interpretação historicamente informada da música antiga. Graduou-se em violoncelo clássico em 2006, tendo estudado com Steven Doane e Rosemary Elliott na Eastman School of Music em Rochester, New York (EUA). Em 2013, completou seu mestrado em violoncelo barroco com Jaap ter Linden no Conservatório Real de Haia, e em viola da gamba com Mieneke van der Velden. Sua educação foi enriquecida também em masterclasses com Steven Isserlis, Anner Bylsma e Wieland Kuijken. Já se apresentou com diversos e renomados grupos de música antiga, como Amsterdam Baroque Orchestra, Wallfisch Band, Holland Baroque Society, Arte dei Suonatori, Australian Brandenburg Orchestra, Pinchgut Opera e Vox Luminis, dentre outros. A música de câmara é parte essencial de sua atividade concertística, e é membro fundador do Emras Octet, La Gazetta Musicale e Les Nations, formações dedicadas a diversos períodos e estilos musicais, desde o barroco francês aos ideais românticos do século XIX.

Anton Baba - 27º Festival de Música Antiga Foto Sidney Dobber

O australiano Anton Baba é violoncelista e gambista, especializou-se na interpretação historicamente informada da música antiga (Foto: Sidney Dobber)

Claudio Ribeiro – cravo: radicado na Holanda desde 2000, trabalha como cravista e regente com diversas orquestras e conjuntos, paralelamente às atividades como professor e acompanhador. É diretor artístico e maestro al cembalo da orquestra barroca Collegium Musicum Den Haag, cofundada por ele em Haia em 2006, com a qual tem se apresentado em toda a Europa; é diretor da Companhia de Música (Brasil) e membro na Europa de Lotus, La Cicala, Barokopera Amsterdam e Radio Antiqua. É regularmente convidado para lecionar em importantes festivais de música antiga. É bacharel em regência pela Unicamp, tendo estudado com Eduardo Navega e Henrique Gregori, onde teve a oportunidade de estudar cravo com Edmundo Hora. É também bacharel e mestre pelo Conservatório Real de Haia, tendo estudado com Jacques Ogg. Aparece regularmente em CDs de selos como Ricercar, Edições Ambronay, ORF, Brilliant & Passacaille e em transmissões de rádio e TV internacionais.

O Teatro Pró-Música/UFJF fica localizado na Avenida Barão do Rio Branco  2.329, no Centro da cidade.

Confira a programação completa do 27ª Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga do Centro Cultural Pró-Música/UFJF

Outras informações:  (32) 3218-0336 (Centro Cultural Pró-Música/UFJF)

(32) 2102-3964 (Pró-reitoria de Cultura-UFJF)