Compositores que influenciaram um dos maiores nomes do barroco europeu, Johann Sebastian Bach, compõem o repertório do Concerto de Música de Câmara que o trio formado pela brasileira Isabel Favilla (flauta doce e fagote barroco), o italiano Giulio Quirici (teorba) e o australiano Anton Baba (violoncelo) apresentam nesta segunda-feira, dia 25, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, com entrada franca e que faz parte da programação do 27º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga do Centro Cultural Pró-Música/UFJF.
O concerto visa a apresentar para o público as fontes de inspiração de Bach, que em sua época não era ainda reconhecido como um grande compositor em toda a Europa. Ao contrário, buscava inspiração em composições de mestres estrangeiros.
Para poder compreender um pouco dos padrões da música internacional de seu tempo, Bach copiava, transcrevia e arranjava várias composições, como as suítes para cravo de Dieupart, os concertos para violino de Vivaldi, os concertos para oboé de Benedetto Marcello, dentre outros autores, que o trio reúne no concerto desta edição do festival.
Programa
Ch. F. Dieupart (1667-1740): Sonata seconda em la menor para flauta e baixo continuo; Preludio – Vivace e Affettuoso – Grave – Allegro – Sarabanda – Vivace – Adagio – Giga
Benedetto Marcello (1686-1739): Sonata XII em Fa maio para flauta e baixo continuo; Adagio – Menuet – Gavotta – Largo – Ciaconna
J.S. Bach (1685-1750): Suite em Sol maior para violoncello solo (arranjo para teorba de Giulio Quirici) BWV 1007; Prelude – Allemande – Sarabande – Gigue
G.P. Telemann (1681-1767): Sonata em fa menor para fagote e baixo continuo TWV 41:f1: Triste – Allegro – Andante – Vivace
Antonio Vivaldi (1678-1741): Sonata em fa maior para violoncello e baixo continuo RV 41; Largo – Allegro – Largo – Allegro
Saiba mais sobre os músicos
Isabel Favilla (flauta doce e fagote barroco): formou-se em flauta doce no Conservatório Real de Bruxelas (Bélgica), e em fagote barroco no Conservatório Real de Haia (Holanda). Trabalha regularmente em países europeus e sul-americanos como solista e músico de orquestras, tais como Concerto d’Amsterdam, La Sfera Armoniosa, Le Concert Bourgeois, Ars Mirabilis e Les Muffatti. Já tocou sob direção de Fabio Bonizzoni, Alan Curtis, Mike Fentross, Peter van Heyghen, Marcel Ponseele, Ryo Terakado, Luis Otávio Santos e Paul Dombrecht e gravou CDs com Il Complesso Barocco, Collegium Musicum Den Haag, Orquestra Barroca de Juiz de Fora e Les Muffatti. É fundadora do ensemble La Favilla e cofundadora do ensemble Rádio Antiqua. Com o segundo, venceu o prêmio do júri e público no concurso de música de câmara de Goettingen (Festival Haendel 2014). Desde 2013, Radio Antiqua tem sido apoiado pelo projeto de cooperação cultural europeu Eeemerging, que visa a promover ensembles de música antiga promissores. Como resultado, Rádio Antiqua gravou seu primeiro CD em 2015, recebendo elogiosas críticas da imprensa especializada.
Giulio Quirici (teorba): natural de Vicenza, Itália, já tocou sob a direção de Frans Bruggen & Orquestra do Seculo 18, Lionel Meunier & Vox Luminis, Enrico Onofri, Milos Valent, Andrea Friggi & Ensemble Odyssee, Philippe Pierlot, dentre outros. Toca regularmente com diversos grupos de música de câmara em toda a Europa, em especial com o ensemble Rádio Antiqua, em importantes salas de concerto e festivais, como Concertgebouw, Handel Haus Halle, Innsbrucker Festwochen der Alten Musik, Goetteingen Haendel Festspiele e Festival d’Ambronay. Giulio formou-se no Conservatório Real de Haia (Holanda) e também frequentou cursos do Berklee College of Music, Akademie für Alte Musik Bremen and the New School for Contemporary Music. Atualmente forma parte do corpo docente da British School in The Netherlands.
Anton Baba (violoncello): o violoncelista e gambista australiano Anton Baba especializou-se na interpretação historicamente informada da música antiga. Graduou-se em violoncelo clássico em 2006, tendo estudado com Steven Doane e Rosemary Elliott na Eastman School of Music em Rochester, New York (EUA). Em 2013 ele completou seu mestrado em violoncelo barroco com Jaap ter Linden, no Conservatório Real de Haia (Holanda), e em viola da gamba com Mieneke van der Velden. Sua educação foi enriquecida também em masterclasses com Steven Isserlis, Anner Bylsma e Wieland Kuijken. Já se apresentou com diversos renomados grupos de música antiga, como Amsterdam Baroque Orchestra, Wallfisch Band, Holland Baroque Society, Arte dei Suonatori, Australian Brandenburg Orchestra, Pinchgut Opera e Vox Luminis, dentre outros. A música de câmara é parte essencial de sua atividade concertística, e Anton é membro fundador do Emras Octet, La Gazetta Musicale e Les Nations, formações dedicadas a diversos períodos e estilos musicais, desde o barroco francês aos ideais românticos do século XIX.
Confira a programação completa do 27º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga do Centro Cultural Pró-Música/UFJF
Outras informações: (32) 3218-0336 (Centro Cultural Pró-Música/UFJF)
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