A resistência à expansão do trabalho escravo contemporâneo será tema de discussão na palestra “Trabalho análogo ao escravo ou trabalho escravo?”, ministrada pelo professor Norberto Ferreras, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Organizado pelo Laboratório de História Política e Social (LAHPS) e pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPgHIS) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o evento acontece dia 11 de julho, segunda-feira, às 20h, no Anfiteatro 02 do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da UFJF.

De acordo com o professor Fernando Perlatto, organizador do evento, a palestra irá abordar perspectivas históricas e contemporâneas do trabalho escravo, não apenas no Brasil, mas em outras regiões do mundo, além de debater o combate ao trabalho análogo a escravidão e o papel que instituições, como por exemplo a Organização Internacional do Trabalho, desempenham nessa luta. “A palestra chamará a atenção para essas continuidades de marcas da escravidão, que embora historicamente possam parecer que tenham terminado, ainda permanecem”, afirma.

Gratuito e aberto para toda a comunidade acadêmica, a palestra ainda trará diferentes vertentes, além das históricas, a respeito do trabalho escravo. “É um tema interdisciplinar, que dialoga com o campo do Direito, das Ciências Sociais, do Serviço Social e outra série de interfaces. Além da dimensão propriamente acadêmica, traz uma reflexão sobre a importância de se compreender essa permanência de processos de opressão na nossa sociedade”, explica Perlatto.

A exploração de trabalhadores é estudada por Norberto Ferreras em projeto de pesquisa na UFF. Ferreras é graduado em História pela Universidad Nacional de Mar del Plata (Argentina). Possui Mestrado pela UFF e doutorado em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de ter realizado estágio pós-doutoral pela Universidade de Harvard (USA). O pesquisador atua principalmente com os temas de Sistemas de Trabalho, Trabalhadores e Movimentos Sociais.

Outras informações:

Palestra “Trabalho análogo ao escravo ou trabalho escravo?”

Laboratório de História Política e Social

Programa de Pós-Graduação em História