1ª Bienal do Livro de Juiz de Fora

Bárbara Simões: “Os livros são voltados para crianças entre 2 e 8 anos e são inspirados em histórias que conto para meus filhos Luísa, 3 anos, Marcos, 7, e Henrique, 8, na hora de dormir” (Foto: Alexandre Dornelas)

O sábado, 18, foi dia de vários lançamentos na 1ª Bienal do Livro de Juiz de Fora. À tarde, foi a vez da diretora de Relações Internacionais da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Bárbara Simões, e, à noite, do professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, também da UFJF, Antonio Colchete.

Lançando o segundo livro infantil, Bárbara participou de sessão de autógrafos. A obra faz parte da Coleção Travessuras que conta os pequenos dramas das crianças na primeira infância. “Os livros são voltados para crianças entre 2 e 8 anos e são inspirados em histórias que conto para meus filhos Luísa, 3 anos, Marcos, 7, e Henrique, 8, na hora de dormir”, explicou a autora.

O lançamento, que ocorreu no estande da Livraria Arco-Íris, trouxe muitas crianças e pais para a tarde na Bienal. Karine, mãe de Luigi, 9, afirmou que a autora possui um tom irreverente em contar suas histórias, o que contribui para que as crianças entendam o que acontece com elas: “A Barbara é uma pessoa muito consciente das diferenças, seu livro faz com que as crianças tenham consciência do mundo em que vivem e de suas diferenças.”

Já Renata, mãe de Manuela, 4, salientou que os livros de Bárbara são para a filha, mas serve para ela também, pois tocam em assuntos do mundo das crianças de maneira muito lúdica: “A forma como os livros são escritos, são histórias do cotiano e, por isso, prendem a atenção e cativam os leitores”. Ela apontou, ainda, a importância de obras assim para a vida das crianças. “Eu acho que hoje em dia é tudo muito tecnológico. As crianças têm acesso a toda essa tecnologia e os livros estão ficando para trás. Quanto mais cedo incentivarmos a leitura, mais fácil para a criança se apaixonar.”

Sofia, 9, estava muito animada com o lançamento do livro que, segundo ela, descreve uma situação que acontece frequentemente em sua casa: “Eu acho muito legal porque é igual acontece lá em casa, muitas histórias engraçadas”. Um dos filhos da autora, o Henrique, disse que gosta bastante das histórias da mãe e que, de vez em quando, até a ajuda a escrever. A autora contou que seus filhos quando veem o livro dizem: “Esse você fez pra mim”.

Coleção Travessuras

O primeiro livro da coleção, o “E eu, não?!”, foi lançado em 2015, e conta a história de um sapo que não tinha autoestima, não sabia fazer coisas que outros bichos faziam e por isso ficava se comparando a eles. Mas que, no final, percebe que possui qualidades únicas, como todos a sua volta. Já o “Não Gosto”, lançado na Bienal, conta a história de um gatinho que não gosta de comer nada que a mãe faz, mas no final, aprende que tem que comer e também experimentar novos alimentos.

Mais lançamentos

“A supremacia do pedestre” e “Arquitetura e urbanismo em Juiz de Fora” foram outras duas obras lançadas no sábado, no estande da UFJF. Os lançamentos foram feitos pelo professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF, Antonio Colchete.

“Os livros são frutos de estudos realizados no Grupo de Pesquisa Ágora, que funciona na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF”, contou o professor Antonio Colchete. “A supremacia do pedestre” é resultado de dissertação de mestrado defendida por um orientando do professor, Fábio Fonseca, que focou na estrutura das ruas e dos  calçadões do Centro de Juiz de Fora.

Já “Arquitetura e urbanismo em Juiz de Fora” reúne artigos escritos por alunos do curso que participam do grupo de pesquisa, sendo todos focados em particularidades da estrutura da cidade mineira. Uma das pesquisadores que escreveu para o livro, Carina Folena, ressalta que o lançamento da obra em um evento como a Bienal é a celebração de toda uma trajetória na carreira da iniciação científica. “É um orgulho participar de algo tão marcante para a cidade.”

Com uma boa recepção e venda junto ao publico, Colchete avalia de forma positiva a participação de pesquisadores da Universidade no estande da I Bienal do Livro. “O movimento está muito legal e as pessoas estão realmente procurando vir ao estande da UFJF. É uma ótima oportunidade para divulgarmos nossas pesquisas publicadas e, também, para valorizar a imagem da instituição.”  

A I Bienal do Livro de Juiz de Fora termina neste domingo. Confira a programação