O tradicional Encontro Regional de Estudantes de Geografia do Sudeste (Eregeo-SE) chega a sua 19ª edição e será novamente sediado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), entre os próximos dias 26 e 29, no Instituto de Ciências Humanas (ICH). Neste ano, o movimento dos estudantes em prol das discussões sobre os espaços geográficos completa 20 anos e para comemorar as duas décadas de existência, a temática central do evento aborda “Geografia e lutas sociais: Espaço e sociedade em transformação”.

O propósito do evento é agregar uma formação política aos debates, mostrando aos estudantes a necessidade de a Geografia estar inserida nos movimentos sociais e na luta política. “O Eregeo não é apenas um evento acadêmico, ele é pautado na luta que a Geografia pode construir, além de ser reconhecido como um movimento dos profissionais da área. Por isso, abrimos espaços para as questões políticas e sociais através das atividades propostas”, destacou o estudante de Geografia e organizador do evento, Diego Dhermani. ele acrescentou, ainda, que outra proposta do encontro é fazer uma análise crítica sobre o que aconteceu com as lutas sociais desde sua primeira edição (em 1996), também realizada na UFJF.

Na programação, rodas de conversa, trabalhos de campo, oficinas, minicursos e atividades culturais, cujo objetivo é promover reflexões a respeito da participação dos movimentos sociais na construção dos espaços e na transformação da sociedade.

“Vinte anos de Geografia e lutas sociais: os desafios e a espacialidade do movimento LGBT” é o tema que abre o evento, com a participação dos professores da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ivaldo Lima e da Universidade de Sâo Paulo (USP), Luiza Copietters (USP). Eles abordarão a formação histórica e as  dificuldades desses grupos, evidenciando suas lutas contra as resistências.

Em um segundo momento, serão discutidas questões socioambientais relacionadas ao extrativismo e à mineração. Integrantes de movimentos dos atingidos por barragens e mineração estarão pautando as relações econômicas e as modificações das paisagens, provocadas pelo extrativismo, na mesa “Lutas sócio-ambientais: o neoextrativismo no contexto da mineração”.

Outra discussão girará em torno da luta contra o racismo nas esferas urbana e rural, com o tema “Resistências históricas e perspectivas de luta contra o racismo: entre o urbano e o rural.” Para fomentar os debates, estão convidados a militante de movimentos negro e sociais Adenilde Petrina, o militante quilombola Rogério do Oxóssi e o professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Denilson Araújo.

Para outras informações acesse a página do XIX Eregeo-SE