O 20° Seminário de Iniciação Científica (Semic) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), evento que marca a trajetória científica universitária, teve início ontem, dia 21, às 18h. A abertura contou com a inauguração da exposição “Janelas para o mundo: a prática da pesquisa impulsionando vidas” e uma palestra do professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e acadêmico de Filosofia, Thiago Adão Lara.
A pró-reitora adjunta de Pesquisa da UFJF, Sônia Miranda, destacou que o Semic, além de “demarcar duas décadas de iniciação científica, também assinala simbolicamente o início de uma nova gestão da Universidade”. O reitor eleito, Júlio Chebli, fez coro à colocação da pró-reitora. “Sem dúvida nenhuma, podemos esperar avanços na pesquisa”, afirma. “Um dos princípios básicos da Universidade é exatamente ter uma grande inserção na pós-graduação e na pesquisa, para conseguirmos alavancar a própria graduação.”
“Também como pesquisador, eu me sinto cada vez mais orgulhoso de ver a qualidade dos trabalhos. Os estudantes estão desenvolvendo seus trabalhos com naturalidade, espírito crítico, despertando a curiosidade e o interesse. Isso é muito bom para a Instituição. É a razão de tudo”, destaca Chebli. O vice de sua gestão, Marcos Chein, frisou a UFJF como espaço contínuo de pensamento e experiência. “Vamos abrir as janelas das nossas salas de aula, de nossas mentes, professores e pesquisadores, para uma nova pedagogia que não se reduza somente aos conteúdos, mas que forme um profissional engajado na cidadania, na política e na concepção de uma sociedade. Precisamos de seres humanos mais comprometidos com a própria humanidade”, conclui.
A estudante Ana Carla Lima, que cursa o 9° período da Faculdade de Enfermagem, alega que colheu experiências positivas tanto da sua participação na Semic, quanto na iniciação científica. “É sempre uma experiência muito agradável”, diz. “As palestras são sempre motivadoras. Na de hoje, por exemplo, quando se falou sobre as janelas para o mundo, eu me recordei que participar da iniciação científica me abriu outras janelas dentro da própria graduação. Permitiu novas oportunidades e vai me ajudar a fazer essa ponte entre meu lado profissional, de pesquisadora, e o que valoriza o conhecimento de cada uma das pessoas que são atendidas por mim. Não perco um ano do evento.”
A orientadora de Ana Carla e diretora da faculdade de Enfermagem, Denise Friedrich, faz parte da exposição “Janelas para o Mundo” e reafirma a importância da iniciação científica. “A pesquisa sempre se apresentou, para mim, como uma grande fonte de informação e investigação”, ela define. “Fiquei grata por ter participado de forma tênue, porém significativa, no processo de abrir janelas, especialmente para alunos do ensino médio que foram meus orientandos no Probic Jr. Uma das minhas alunas pautou sua escolha profissional a partir dessa experiência com a pesquisa científica, e isso me gratifica muito.”
Sônia Miranda volta a discorrer sobre o compromisso da UFJF com o estímulo à iniciação científica. “O reitor e o vice-reitor trazem o frescor da esperança e do investimento da pesquisa como possibilidade de caminhar”, declara. “Eles são comprometidos, enquanto pesquisadores e professores, com a renovação do conhecimento de uma maneira que não é fechada, não é dogmática; é um conhecimento que aposta no poder transformador da pesquisa. A pesquisa e a pós-graduação fazem, continuamente, uma graduação nova.”
“Focamos em proporcionar conforto para as pessoas, cuidando da fluidez da organização, exposição e avaliação”, afirma Sônia. “A gente espera, sobretudo, que o Seminário cumpra o papel de ser uma vitrine da Universidade, que a apresente para ela mesma. Queremos que testemunhem a Universidade que é plural, multicolorida, multipartidária, multitemática. Apostamos no poder contagiante desta vitrine.”
“Janelas para o mundo”
Responsável pela palestra de abertura do evento, o professor Tiago Adão Lara alegou estar muito grato pelo convite. “Assim que soube o título da exposição, ‘Janelas para o mundo’, provocou em mim uma sensação de ‘gosto pelo o que faz’. Passou a não mais ser uma tarefa que pesa, e sim uma tarefa gostosa.”
Lara relacionou o nome da exposição à uma janela da sua infância, usando de metáforas para associá-las à Universidade e à pesquisa científica. “Quero convidá-los a olhar essas janelas para o mundo. Para olharem além delas, através delas. Olhar para o fascínio do desafio, do saber e da vida, que nos esperam lá fora, no concreto da experiência do existir. Na imagem de janelas para o mundo, as janelas, enquanto aberturas, sinalizam a capacidade humana de superar a opacidade das nossas percepções. É preciso mais. Hoje, a iniciação científica implica a experiência de aprendizagem, o pular pela janela e cair com jeito no burburinho da rua, onde se tecem saberes de alto valor significativo para a existência humana.”
Autora do convite a Tiago Adão Lara, a Sônia Miranda discorreu sobre os motivos que a levaram a esse convite. “Eu diria que ele é um provocador de pensamento, e é isso que queremos demarcar nesse seminário”, diz. “Queremos um Semic mais universitário. Queremos que um aluno de Enfermagem converse com o de Serviço social, que o de Engenharia dialogue com os alunos da Educação. Precisamos enfrentar esse desafio. É nosso desejo, nosso sonho daqui pra frente: o de construir novos desenhos para o Semic.”
Outras informações: (32) 2102-3784/ 3766 (Pró-reitoria de Pesquisa)
Confira a página do Semic
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