No dia 01° de julho de 2019 vai acontecer a III Jornada de Mídia e Literatura na UFRJ, com o tema: formas de narrar a morte.
Estudar as formas de narrar a morte na mídia tem por objetivo entender e refletir a relação da contemporaneidade com a vida, cada vez mais midiatizada e pautada por um bombardeio de informações. A ideia de finitude e as interpretações para o que acontece após a morte são campos de estudo e interesse de diferentes áreas, podem ser vistas na perspectiva, por exemplo, da história, da sociologia, da filosofia, da comunicação, da medicina, encontram respostas em diferentes religiões, são temas que acompanham a humanidade há anos. “Estudar o morrer é como olhar para uma poça de água. Nela vemos o reflexo do tipo de gente que viemos a ser”, afirma o médico Allan Kellehear, no livro “Uma história social do morrer” (KELLEHEAR, 2016, p. 13). Em um ano que começou com notícias de diferentes mortes pautando o noticiário, o grupo de pesquisa “Narrativas midiáticas e dialogias” se debruçou sobre diferentes formas de narrar a dor, o luto, a notícia que é contada sempre pelos que ficaram, e que carrega traços culturais, rastros de pressupostos e visões sobre a vida que estamos trilhando.
Programação
9h – Mesa de abertura
Profª Drª Sonia Cristina Reis (Diretora da Faculdade de Letras da UFRJ)
Profª Drª Gisele Batista (Faculdade de Letras/UFRJ)
Profª Drª Claudia Thomé (Facom/PPGCOM/UFJF)
Prof. Dr. Marco Aurelio Reis (UNESA/RJ)
9h20 – Palestra de abertura – Profª Drª Vera Follain de Figueiredo (PUC/RJ)
10h20 – Debate com a palestrante
10h40 – 11h – Coffee break, com exposição de painéis de pesquisa
Mesa 1 – A morte narrada nas mídias – olhar histórico
11h – A gênese do obituário como formato no Jornalismo brasileiro
Prof. Dr. Marco Aurelio Reis (UNESA-RJ / bolsista de Pesquisa e Produtividade)
11h20 – Representações da morte na imprensa de imigração italiana oitocentista – o caso L’Iride Italiana (1854-1856)
Profª Drª Gisele Batista da Silva (UFRJ)
11h40 – A morte por febre nos jornais da Corte: médicos, pacientes e saúde no Rio de Janeiro joanino
Prof. Dr. Ricardo Cabral de Freitas (Pós-doutorando PPGHCS/Fiocruz/Faperj)
12h – 13h – Almoço
13h- Palestra da tarde – Mortes do cinema, mortes no cinema: o gif e as sobrevidas da imagem
Prof. Dr. Wilson Oliveira da Silva Filho (UNESA/RJ)
13h30– Debate com o palestrante
Mesa 2 – Narrativas que constroem ideias de finitude e eternidade
13h50 – Quando morre uma cidade: análise televisual da cobertura do MG1 sobre o rompimento da barragem da Samarco em Mariana
Pedro Miranda (doutorando PPGCOM/UFJF/bolsista UFJF), Aline Pinna (mestranda PPGCOM/UFJF/bolsista UFJF) e Matheus Canil (graduando, bolsista de iniciação científica UFJF)
14h10 – A morte nas mídias digitais: percepções da pós-vida
Vanessa (mestranda PPGCOM/UFJF) e Eliza Granadeiro (Jornalista/Facom/UFJF)
Mesa 3 – Crônicas e contos sobre vida e morte
14h30 – Entre ficção e factual – histórias assombradas e as mortes que rondam a narrativa de Dinah Silveira de Queiroz
Prof. Drª. Cláudia Thomé (Facom/PPGCOM/UFJF),
14h50 – Narrativas de morte nas crônicas de Luiz Ruffato
Michele (Doutoranda/PUC-RJ) e Débora Costa (graduanda, bolsista UFJF)
15h10 – 15h30 – Coffee break
Mesa 4 – Morte ressignificada e homenagem póstuma
15h30 – A morte & as mortes de Domingos Montagner – Quando a narrativa extrapola a ficção, inunda o jornalismo e retorna à diegese – Aurora Miranda Leão (mestre pelo PPGCOM/UFJF)
15h50 – Marielle vive: a reportagem em quadrinhos “Como Angela Davis” no jornal italiano “Il Manifesto” – Laura Sanábio (mestranda PPGCOM/UFJF/bolsista UFJF)
16h10 – Debate sobre as pesquisas
17h – Encerramento
Inscrições: https://bit.ly/2IPGmVf