Uma ferramenta para monitoramento das atividades agropecuárias, que
integra dados tabulares e informações geradas por satélites, capaz de
fazer uma radiografia do Brasil com alguns cliques na Internet. Esse é
o SOMABRASIL, Sistema de Observação e Monitoramento da Agricultura no
Brasil, desenvolvido pela Embrapa Monitoramento por Satélite
(Campinas, SP), que será apresentado na próxima terça-feira (30/10)
durante o lançamento do Núcleo de Inteligência Territorial, no
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em
Brasília (DF).
Há cerca de dois anos o sistema vem sendo desenvolvido com o apoio da
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE),
órgão responsável por articular a implantação do Núcleo de
Inteligência Territorial para prover o ministério com informações
importantes para a elaboração e direcionamento de políticas públicas,
linhas de crédito e
tomadas de decisão para o setor. Estruturado com base em software
livre, o SOMABRASIL terá acesso público na internet a partir do dia 1º
de novembro.
O sistema integra bases de dados de recursos naturais e agricultura
provenientes de várias fontes num único ambiente. Disponível na forma
de WebGIS, permite ao usuário não especializado interagir com essa
base de dados por meio de consultas básicas e avançadas de forma
dinâmica, podendo selecionar e cruzar informações e construir mapas de
acordo com cada interesse. Segundo o coordenador do SOMABRASIL, o
pesquisador da Embrapa
Mateus Batistella, o objetivo é oferecer uma visão integrada da
agricultura, da escala municipal à nacional.
Dados da produção e do Censo Agropecuário do IBGE, informações geradas
por programas do IBAMA e Inpe, mapeamentos realizados pela Embrapa e
outras instituições, além de dados sobre relevo, hidrografia,
logística, áreas protegidas e potencial agrícola, são exemplos de
informações disponibilizadas pelo sistema. “São informações úteis para
o monitoramento da dinâmica da agropecuária e para o entendimento das
mudanças de uso e cobertura das terras no país, fundamentais para a
definição de prioridades em pesquisa e políticas públicas”, completa
Batistella.