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Divulgação – Pesquisa investiga o desempenho de alunos do 8º ano na produção de entrevistas

Pesquisa investiga o desempenho de alunos do 8º ano na produção de entrevistas

 

Por Eichila Aragoso Peixoto

Aluna do curso de Letras da UFJF

eichila.peixoto@estudante.ufjf.br

 

Como deve ser realizada uma produção oral? Como fazer com que os alunos tenham um bom desempenho para falar em público? Quando os alunos participam de práticas de oralidade, como em seminários, entrevistas ou debates, os professores devem criar um contexto adequado para sua aprendizagem, com atividades escolares que tragam uma reflexão sobre a Língua Portuguesa. Foi considerando essa ideia que as professoras e pesquisadoras Iveuta de Abreu Lopes e Brígida Barbosa, da Universidade Federal do Piauí, produziram uma pesquisa com alunos de uma escola estadual da cidade de Floriano, no Piauí.

A pesquisa foi realizada para ver como os alunos se desempenhavam na produção de entrevistas. As pesquisadoras tinham como objetivos didáticos a aprendizagem de conhecimentos sobre a linguagem para que os estudantes pudessem participar de outras situações que levassem em conta a necessidade de falar em público, sobretudo em contextos mais formais. Para realizar o estudo, elas utilizaram a metodologia de pesquisa exploratória, envolvendo a participação de um total de oito estudantes, que tinham a idade entre 14 e 17 anos na época.

As docentes realizaram com os estudantes diversas atividades para que produzissem uma entrevista oral, com a temática central “mercado de trabalho”. Isso porque as entrevistas são requisitadas em diferentes situações da vida escolar e profissional. Primeiramente, elas verificaram o que os alunos já sabiam sobre o tema, as características do gênero oral, a estrutura, os contextos de uso e o tipo de linguagem usada nessas situações. Assim, Iveuta Lopes e Brígida Barbosa relacionaram o estudo da Língua Portuguesa aos anseios dos alunos sobre futuras profissões, convidando profissionais de várias áreas para os aprendizes entrevistarem na escola. A produção foi gravada para que pudessem, depois, analisar o desempenho na oralidade.

No resultado da pesquisa, segundo as professoras, ficou evidente o que cada aluno já sabia sobre as entrevistas; elas perceberam que se trata de uma prática já conhecida por eles. Todavia, a pesquisa mostrou que os estudantes não haviam ainda produzido esse gênero. Assim, eles tiveram dificuldades em usar algumas estratégias na interação face a face, como ausência de cumprimentos, falta de compreensão das falas do entrevistado e perguntas repetitivas. A partir disso, as docentes puderam incidir no aprimoramento de suas habilidades.

O gênero entrevista é importante para que os alunos conheçam o que terão de enfrentar em sociedade. Apenas assistir a entrevistas no cotidiano não é suficiente para que sejam capazes de vivenciar situações semelhantes. Desse modo, os resultados deste trabalho podem colaborar para que as escolas deem maior atenção ao ensino da oralidade, já que para falar em diferentes situações é necessário ter uma aprendizagem específica. Nesse caso, as atividades realizadas pelas docentes podem mostrar um caminho para que sejam inseridas ações práticas, de forma que os estudantes tenham mais condições de se comunicar oralmente em diferentes situações.

 

Link para acessar a pesquisa:

http://www.seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/35346/20443