O Mapa da Região é uma ação do INOVAGames que busca mapear toda a comunidade e projetos de desenvolvimento de jogos da Região da Zona da Mata. Conhece alguém que deveria estar por aqui? Manda pra gente!
Você poderia fazer uma breve apresentação e/ou compartilhar um pouco sobre sua formação?
Doutor em informática (Sistemas de Informação) pela UNIRIO. Mestre em Ciência da Computação (UFJF). Bacharel em Sistemas de Informação (CES-JF). Técnico de Informática (CTU/UFJF).
Como você descreve brevemente a sua atuação no mundo dos jogos e quais os projetos em que você está atualmente envolvido e pode/gostaria de compartilhar?
Venho atuando com pesquisa em jogos desde que comecei a lecionar no Vianna (em Juiz de Fora). No doutorado na UNIRIO, isso se tornou meu tema de pesquisa. Atualmente atua numa linha chamada “Jogos para Contextos Complexos”, que envolve o uso de jogos para propósitos diversos nas mais diferentes áreas. Nossa visão é que os jogos podem contribuir com a sociedade, deixando a vida do mundo mais leve.
Quais são os maiores desafios que você enfrentou em sua história relacionada a jogos?
Os principais desafios enfrentados foi entender a área e o que envolve realizar pesquisas em jogos. Pesquisar jogos não é só computação (programação). Às vezes, nem computação precisa. Tive que entender que construir jogos é algo tão multi e pluridisciplinar, que se torna um desafio muito grande entender sozinho como construí-los. Então, minha formação em jogos é autodidata, sempre buscando me atualizar e incorporar isso dentro de temas de Sistemas de Informação. Isso foi, e continua sendo desafiador na minha história.
Quais são as recompensas mais gratificantes que você encontrou ao trabalhar nesse campo?
Foram várias. Primeiro é ver as pessoas jogarem seu jogo e se divertirem, isso é muito legal! Segundo, é ver jogo com propósito realmente fazendo alguma diferença no contexto do jogador. Terceiro, é formar alunos de mestrado e doutorado que serão os futuros pesquisadores de jogos no Brasil. Por fim, recompensas de reconhecimento em forma de se nos tornamos referência na área de jogos com diversos trabalhos e pesquisas premiados em congressos e simpósios sobre isso.
Se você estivesse começando agora, qual conselho você gostaria de ter recebido e quais habilidades você considera importantes?
Sinceramente, não sei! Acho que gostaria de ter percebido antes que um dos trabalhos mais importantes em construir jogos é o game design. Pensar nas nuances do jogo é muito mais divertido que apenas programar (na minha opinião). É isso que faz o jogo ter sentido.
Além dos jogos, quais são seus outros hobbies e interesses e/ou existe alguma história curiosa ou engraçada que você gostaria de compartilhar?
Embora eu tenha todo o jeitão de Nerd Geek, eu sou triatleta e já fui Campeão Fluminense de Corridas de Montanha. Então tenho esses hobbies. Uma história curiosa é que às vezes, quando falo que sou de computação (exatas) as pessoas comentam que tenho cara de prof. de educação física, quando falo que sou o oposto, sempre gera desconfiança. hahaha!
Como você vê o papel dos jogos no contexto social e cultural?
Jogos são cultura. E nossa cultura é moldada pelos jogos. Acredito que o social, cultural e jogos andam lado a lado se auto influenciando. Assim é possível colher os benefícios (e também malefícios) de todas elas. Mas eu acredito que jogos podem deixar nosso mundo mais leve.
E na sua região? Como você vê o desenvolvimento e trabalhos relacionados a jogos? Em pontos positivos e pontos que gostaria que melhorassem.
Eu enxergo a área Metropolitana do Rio de Janeiro (e o Estado como um todo) um celeiro de jogos. Aqui nos temos diversas empresas e start-ups de jogos, uma grande variedade de grupos de pesquisa nas universidades e institutos (UNIRIO, UFRJ, UERJ, UFF, Fiocruz, IFRJ, PUC-Rio etc), temos leis de incentivo feitas pelas assembleia legislativa, junto com a ASERPRO, temos vários eventos (Maricá Games, por exemplo) e várias outras iniciativas. Porém, o que eu gostaria mesmo de ver como melhoria, seria a integração academia indústria. Isso é muito complicado.