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JF Vôlei vence o Maringá por 3 a 0 na UFJF

Com a vitória, juiz-foranos conquistaram 3 pontos
e continuam vivos na luta contra o rebaixamento

 

O JF Vôlei conquistou um resultado importante na sua luta contra o rebaixamento na Superliga masculina de vôlei. Jogando no Ginásio da UFJF, o time comandado pelo técnico Henrique Furtado derrotou o Copel/Telecom/Maringá por 3 sets a 0 (25/11, 15/16, 25/20) na noite deste sábado (24), em partida válida pela oitava rodada do returno, e obteve a primeira vitória diante de sua torcida na competição, após uma sequência de nove derrotas.

 

Esta foi a terceira vitória do JF Vôlei na competição, a segunda diante do Maringá e a primeira por 3 sets a 0, garantindo ainda, pela primeira vez, os três pontos em uma partida. Além disso, o resultado serviu para colocar os mineiros à frente dos paranaenses na classificação da Superliga: agora, os juiz-foranos somam oito pontos no campeonato, ocupando a penúltima colocação, e devolvendo a lanterna para o Copel/Telecom/Maringá.

 

Com os quatro pontos obtidos nas duas últimas rodadas (o mesmo número obtido em todas as partidas anteriores), o JF Vôlei mantém a esperança de manter-se na elite do vôlei masculino, ainda que a tarefa seja muito difícil. Faltando três partidas para o encerramento da fase classificatória, os mineiros correm atrás do Montes Claros Vôlei (13 pontos, que perderam para o Sada Cruzeiro por 3 sets a 1), e o Ponta Grossa/Caramuru, que chegou aos 16 pontos ao somar mais um na derrota para o Lebes Canoas (3 sets a 2).

 

O próximo compromisso do JF Vôlei será no próximo sábado (3), fora de casa, às 20h, contra o Ponta Grossa/Caramuru.

 

O JOGO

A partida no Ginásio da UFJF marcou o reencontro entre as duas equipes, com vitória do JF Vôlei por 3 sets a 2. Enquanto os anfitriões precisavam lidar com a derrota na última quarta-feira para o Sesc-RJ após terem aberto 2 sets a 0, o Copel/Telecom/Maringá vinha embalado pelas vitórias sobre o Ponta Grossa/Caramuru e Lebes/Canoas. E ainda contava com a presença de mais de 40 torcedores, que encararam mais de 1.100 quilômetros de ônibus entre a cidade paranaense e Juiz de Fora, numa jornada que durou mais de 18 horas.

Em quadra, porém, o que se viu foi um JF Vôlei determinado a esquecer os vacilos em momentos cruciais, caprichando no ataque e contando com uma partida muito ruim do Maringá, que cometeu muitos erros de saque e recepção.

 

No primeiro set, os paranaenses chegaram a comandar o placar durante a maior parte do tempo, mas o JF Vôlei nunca deixou o adversário desgarrar e virou o marcador no momento mais importante, fechando primeiro set em 25 a 22 após 26 minutos de jogo. O segundo set foi ainda mais fácil, com o Copel/Telecom/Maringá abusando de erros de ataque e saque, e com o ataque dos juiz-foranos explorando bem o bloqueio adversário. O resultado foi a vitória por 25 a 16, em 24 minutos. No terceiro e decisivo set, tanto o ataque quanto o bloqueio foram decisivos para o bom desempenho da equipe, que fechou o marcador em 25 a 20 após 27 minutos.

 

O técnico Henrique Furtado destacou o valor da primeira vitória em casa do JF Vôlei na Superliga, resultado que, segundo ele, o grupo vinha buscando há tempos e que ele considera mais que merecido. “O resultado veio com muita luta, com todos jogando bem e com um grande trabalho coletivo”, elogiou. “Não nos deixamos abalar pelas derrotas. É um grupo jovem, que não desiste.”

 

Dentre os destaques da equipe, além dos atacantes Leozinho e Bruno, houve o desempenho do levantador Adami, que recebeu o Troféu Viva Vôlei como melhor jogador da partida. “Minha primeira temporada NA Superliga foi aqui, e enfim termos alcançado essa vitória foi muito bom. Treinamos forte desde sempre e estávamos jogando bem há algum tempo, e isso permitiu que tivéssemos esse desempenho hoje. Agora temos que pensar no Ponta Grossa/Caramuru.”

 

Do lado do Copel/Telecom/Maringá, não faltaram lamentos pelo mau desempenho. Um dos mais decepcionados foi o técnico Alessandro Fadul que treinou o UFJF Vôlei por duas temporadas. Ao mesmo tempo em que teve a oportunidade de reencontrar amizades que fez durante seu período em Juiz de Fora, ele também apontou as falhas de sua atual equipe. “Fizemos um jogo ruim, com muitos erros de saque e recepção que comprometeram nosso jogo”, analisou. “Não tiramos os méritos do JF Vôlei, que fez uma grande partida, mas é decepcionante porque tivemos duas vitórias muito boas e esperávamos manter esse ritmo.”

 

Quem fez análise parecida foi o veterano levantador Ricardinho, do Maringá. “Tivemos alguns bons jogos neste campeonato, mas é uma equipe que não está decidindo, que comete muitos erros individuais. Na partida anterior, por exemplo, estávamos seis pontos à frente do adversário no quarto set e quase permitimos a virada que levaria para o tie-break. Tenho falado com os rapazes que eles precisam se firmar no vôlei, mas que não estão fazendo isso. Fico triste também pela torcida, que viajou mais de mil quilômetros para nos ver fazer uma partida não digna”, disse o jogador, que tem nos planos disputar pelo menos mais uma temporada, seja no Maringá ou com outro time da Superliga.

 

 

Fonte: TRIBUNA DE MINAS