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Diretoria de Inovação da UFJF encerra Seminário discutindo caminhos da inovação

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Parcerias entre universidade, agentes púbicos e iniciativa privada. Foto: Carla Ramalho/UFJF

Na tarde de ontem (21) a Diretoria de Inovação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) encerrou o Seminário Dimensões do Desenvolvimento, que reuniu lideranças políticas, representantes do empresariado juiz-forano, pesquisadores, professores e estudantes, de várias partes do Brasil, fomentando a discussão dos caminhos da inovação do país e as possibilidades do desenvolvimento na região da Zona da Mata mineira.

Com três dias de duração, o evento trouxe palestras, mesas de debates e sessões de comunicação, possibilitou aos  participantes apresentarem pesquisas e propostas que convergiam com o tema abordado, buscando também ser uma parceria entre Universidade, Prefeitura e empresariado. Na ocasião, foi assinado um convênio entre a UFJF e a Embrapa, que pretende intensificar a sinergia entre as instituições e aproximar o trabalho desenvolvido em ambas.

Uma das pretensões do Seminário também foi dar início à uma nova cultura de estímulo a inovação na instituição. Para o economista Marco Polo Germano, participante do seminário, a iniciativa funciona como uma renovação de expectativas em relação ao país “Acho que a UFJF está fazendo um movimento muito oportuno nessa atual conjuntura nacional, convergindo a força e inteligência de várias ciências  para o amadurecimento e construção de um projeto de desenvolvimento regional e nacional.” Segundo ele, o evento foi  muito produtivo e com temas pertinentes. “As discussões foram muito acertadas do meu ponto de vista enquanto cidadão brasileiro e economista”, comenta.

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Pesquisadores, empresários e membros da comunidade acadêmica também participaram. Foto: Carla Ramalho/UFJF

Conhecimento aplicado

Durante os encontros, foram contemplados temas como o empreendedorismo, políticas e desenvolvimento industrial, sustentabilidade e proteção ambiental, políticas sociais e, ainda, os direitos que garantem a proteção ao trabalhador. Com uma análise diversificada de dados e discussões críticas sobre o potencial brasileiro de produção, os presentes puderam entender mais sobre os setores industriais do Brasil, desde a agropecuária à saúde e serviços.  

Para o palestrante Reinaldo Guimarães, que contribuiu com o tema “Política industrial em saúde: um caso de sucesso?”, as questões relacionadas a inovação dependem da inserção e discussão desse tema em ambiente culturalmente construído e, principalmente, da disseminação dessa cultura.

Já a professora Cristiane Kerches, que participou com o tema “Dilemas contemporâneos do desenvolvimento social no contexto brasileiro”, acredita que a Universidade tem que ter melhores condições de pesquisa, capazes de gerar compreensões sobre as relações do desenvolvimento. “Para isso, é necessário estreitar os caminhos com o governo, principalmente os locais, e buscar intervenções que muitas vezes partem do local para, assim, pensar em dimensões locais e federais”, ressalta. Ainda na opinião da professora, é necessário encontrar caminhos institucionais e políticos que viabilizem as ideias discutidas. “É preciso ter informação, promover discussões em sala de aula e que se construa um comportamento proativo no sentido de buscar estratégias para essas iniciativas irem para a ação.”

 

Legados da iniciativa

Durante as tardes, foram promovidas diversas sessões de apresentação de trabalhos feitos por alunos e professores de cursos de pós-graduação, contemplando os temas propostos. Para a participante Laura Meneghel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o evento lhe ajudou a refletir sobre as relações entre políticas públicas e inovação. “O seminário foi muito importante para que possamos fazer essas ligações, pois, tanto as políticas ambientais quanto as de inovação, estão intimamente ligadas com as políticas públicas”, complementa.

Na visão do participante Átila Calvente, que trabalha com o estímulo de práticas agrícolas mais sustentáveis com crianças em risco social, no Rio de Janeiro, é fundamental pensarmos em novas possibilidades para o desenvolvimento, mas de uma forma mais ampla “é preciso mudar o modelo capitalista que está aí, e isso não é uma questão ideológica. O problema ambiental é uma realidade, então não dá mais pra continuar com uma sociedade tão consumista, que degrada tanto o meio ambiente”, explica. Para ela, é possível nos aproximarmos de uma discussão mais rica, que abrange outras áreas também ligadas ao desenvolvimento, como a educação. “Não podemos deixar essas ideias e discussões só na teoria, é preciso uni-la à prática”, afirma.

 

Outras informações: (32) 2102-3435 – Ramal 204 (Setor de Comunicação e Marketing do Critt/UFJF)