O Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aprovou nesta sexta-feira, 2, a resolução que regulamenta o ensino remoto emergencial da pós-graduação em virtude da suspensão das atividades presenciais devido à pandemia do novo coronavírus. A reorganização excepcional das disciplinas de pós-graduação da UFJF já havia sido aprovada em julho, atendendo às demandas de curto prazo. A aprovação nesta sexta visa ajustar as normas para funcionamento da pós-graduação em médio prazo. Os detalhes da resolução serão divulgados posteriormente no site do Consu.
A matéria foi aprovada por maioria, acompanhando parecer da pró-reitora de Graduação, Maria Carmen Simões, que explicou alguns dos seus dispositivos, como a inclusão das plataformas oficiais da UFJF para a realização das disciplinas, das normas para planejamento das disciplinas e a possibilidade de uso presencial das bibliotecas, conforme cenário epidemiológico e após parecer do Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o novo Coranavirus (SarsCov-2) da UFJF.
O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFJF, Flavio Sereno, abriu a rodada de discussão da minuta, traçando um panorama sobre o cenário epidemiológico na cidade de Juiz de Fora. Sua preocupação era especialmente relativa aos trabalhadores das secretarias dos programas de pós-graduação e das bibliotecas que poderiam ser expostos à contaminação em um possível trabalho presencial.
Na sequência, a presidente da Associação dos Professores de Ensino Superior (Apes), Marina Barbosa Pinto, endossou as preocupações de Sereno, indicando ainda que é necessário cuidado no desenvolvimento das atividades de ensino e atenção aos problemas com as plataformas que envolvem a dinâmica do trabalho e a comunicação.
A pró-reitora Maria Carmen ressaltou que uma equipe acompanha o surgimento de questões referentes às plataformas e busca soluções, atuando com suporte aos professores e estudantes, com grande número de bolsistas. Em resposta a Sereno, explicou que todas as orientações para possível funcionamento presencial excepcional estão condicionadas ao cenário epidemiológico e à aprovação do comitê de monitoramento e que os protocolos de biossegurança também estão garantidos em resoluções já aprovadas anteriormente.
A pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa (Propp), Mônica Ribeiro de Oliveira, acrescentou que as atividades das secretarias serão integralmente realizadas de modo remoto e que o texto da minuta contempla as preocupações apresentadas por Sereno. O coordenador do Sintufejuf voltou a pedir à palavra para solicitar a retirada do parágrafo sobre o funcionamento das bibliotecas, para que o assunto fosse tratado em momento adequado.
O diretor do Instituto de Ciências Biológicas, Lyderson Facio Viccini, considerou que a resolução é fruto de um amadurecimento de quase três meses de trabalho e que seus instrumentos permitem que a Universidade seja resolutiva em um cenário epidemiológico favorável. A pró-reitora Maria Carmen disse acreditar que é preciso pensar os avanços que a UFJF já obteve para conhecer suas necessidades e atendê-las com responsabilidade em meio à pandemia.
Após a discussão, a minuta foi submetida a votação e aprovada por maioria, sem ajustes.
Além desse debate, o Consu iniciou a apreciação da minuta de resolução que orienta sobre a utilização excepcional dos laboratórios de pesquisa durante a pandemia de Covid-19. Devido ao fim do tempo regimental, a discussão foi interrompida e será retomada na próxima segunda-feira, 5.