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Dmitri Cerboncini Fernandes assume a direção da Editora da UFJF. (Foto: Twin Alvarenga)

Às vésperas do aniversário de 30 anos da Editora UFJF, o professor do Instituto de Ciências Humanas (ICH), Dmitri Cerboncini Fernandes assume a direção do setor. Desde o rompimento de seu contrato com a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino (Fadepe), há mais de um ano, a Editora está com a maior parte de sua produção paralisada, ainda sem um novo modelo de gestão a ser implantado. Nesse cenário, o objetivo de Fernandes é reestruturar o setor internamente, enquanto busca parcerias para dar continuidade à produção dos títulos.

Conforme o diretor, ao menos 13 livros sob o selo da UFJF aguardam a resolução das questões administrativas para serem produzidos e comercializados. Visando dar vazão a essas publicações, Fernandes entrou em contato com editoras comerciais e  de outras universidades federais, que poderiam ceder sua estrutura de fabricação e distribuição até que voltemos a funcionar autonomamente.

“Além de parcerias para produzir esses títulos já engatilhados, as universidades com as quais temos conversado passaram por problemas similares e podem nos apresentar novos modelos gestão. Já temos reuniões marcadas com a Universidade Federal de Goiás e com a Universidade Federal do Paraná, ambas com editoras muito interessantes e que encontraram alternativas para as estruturas mais antigas, centralizadas no contrato com as Fundações”, explicou Fernandes.

Ao mesmo tempo em que busca retomar a publicação no curto prazo, a nova diretoria tem trabalhado para internalizar a administração da Editora, trazendo para dentro do Campus não somente o setor administrativo, como também as próprias áreas de diagramação, revisão e impressão. Para Fernandes, a atual posição da Editora não só é inadequada aos trabalhos realizados como também apresenta um desafio ao funcionamento em conjunto com a comunidade universitária.

“Trazer fisicamente a Editora para dentro do Campus acelera a resolução das questões com outros departamentos da Universidade e oferece melhores condições de trabalho para os funcionários, que não estão satisfeitos com a atual localização. Além disso, a mudança significará uma centralidade simbólica, contribuindo para sensibilizar a comunidade acadêmica sobre a importância da editora”, explicou o diretor.

Outro mudança proposta por Fernandes, mais à frente, é abrir uma livraria com os títulos próprios em um ponto central do Campus, além de retomar uma das práticas mais antigas da instituição: publicar coleções, com linhas temáticas específicas. Ambas, segundo ele, dependem de uma editora fortalecida – tanto em termos de orçamento quanto de autonomia na escolha dos títulos -, e, para isso, vem encontrando apoio da Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa e do setor de contabilidade da UFJF, que buscam modelos alternativos para retomar o funcionamento da Editora.

“Eu peguei a direção com um diagnóstico já montado, feito pelo professor Fernando Perlatto, que esteve à frente do setor desde o meio do ano passado e fez um grande esforço para desembaraçar essa situação. Esperamos, em um horizonte muito próximo, voltar com as publicações. O grande desafio está sendo, realmente, internalizar toda a estrutura administrativa e contábil na própria Universidade”, concluiu.