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Minicursos

Os minicursos acontecerão nos dias 18, 19 e 20 de outubro, das 14h00 às 18h00, nas dependências do ICH, totalizando 12h. Como acontecem simultaneamente o participante deverá escolher apenas um no ato da inscrição. 

Minicurso 1: História e religiões na África
Marcos Dias Coelho [Doutor-UNICAMP]

Ementa: 

O curso tenciona apresentar as três principais matrizes religiosas – a religião ancestral africana, o islamismo e o cristianismo – presentes no continente africano, realçando as particularidades de suas constituições sócio históricas. Além disso, analisaremos as relações entre a manifestação religiosa ancestral e as diferentes formas de interação desta forma religiosa com os dois sistemas monoteístas, durante o período colonial e bem assim as implicações políticas e sociais desta relação.

Textos para discussão: 

APPIAH, Anthony K. Na casa de meu pai: a África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

BREPOHL, Marion. Presença protestante na África; ressonâncias da Segunda Reforma. Estudos de Religião, Vol. 30, nº 2, (2016), p. 171-194.

CORREIA, Stephanie C. B. Nas fronteiras da cristandade: as missões como baluartes dos impérios europeus na África centro-ocidental. CLIO: Revista de Pesquisa Histórica, nº 30.2 (2012), p. 1-18.

EL FASI, Mohammed e HRBEK, Ivan. Etapas do desenvolvimento do islã e da sua difusão na África. In: EL FASI, Mohammed (Ed.). História Geral da África III: África do século VII ao XI. Brasília: UNESCO, 2010.

HORTA, José da Silva. O Islão nos textos portugueses: noroeste africano (séc. XV-XVII) – das Representações à História. In: GONÇALVES, Antônio Custódio (org.). O islão na África Subsaariana: actas do 6º Colóquio Internacional Estados, Poderes e Identidades na África Subsaariana. Porto: Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto. 2004, p. 189-200.

LEITE, Fabio R. R. A questão ancestral: África negra. São Paulo: Pallas Athena/Casa das Áfricas, 2008.

MACAMO, Elísio. Modernidade e tradição. In: SANSONE, Livio e FURTADO, Cláudio (org.). Dicionário crítico das ciências sociais dos países de fala oficial portuguesa. Salvador: Edufba, 2014, p. 363-377.

MBEMBE, Achille. África Insubmissa. Cristianismo, poder e Estado na sociedade pós-colonial. Luanda: Edições Mulembo, 2013.

OPOKU, Kofi A. “A religião na África durante a época colonial”. In: BOAHEN, Albert A. História Geral da África VII: África sob domínio colonial, 1880-1935. Brasília: UNESCO, 2010, p. 591-624.

TSHIBANGU, Tshishiku. Religião e evolução social. In: MAZRU, Ali e WONDJI, Christophe. História Geral da África VIII: África desde 1935. Brasília: UNESCO, 2010, p. 605-629.

SOUZA, Marina de M & VAINFAS, Ronaldo. Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da conversão coroada ao movimento antoniano, séculos XV-XVIII. Revista Tempo, nº 6, Vol 3 (1998), p. 95-118.

Filme:

CEDDO. Direção: Ousmane Sembene, Senegal, Filmi Doomi Reew, 1977, 1 DVD (120 min).

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Minicurso 2: A História da Cultura e o problema do Renascimento
Naiara Damas [Profª História UFJF]
Rhuan Fernandes [Doutorando PUC/RJ]

Ementa:

Este minicurso tem a intenção de apresentar aos alunos um breve panorama das questões que envolvem o “problema do Renascimento” em sua interface com a História da Cultura. A partir de um conjunto de autores, como Jacob Burckhardt, Johan Huizinga, Aby Warburg e Erwin Panofsky, pretende-se abordar tópicos relativos à história e ao debate em torno da definição do conceito de Renascimento, enfatizando os problemas teóricos da periodização histórica, bem como os desafios presentes na elaboração de uma metodologia para a pesquisa histórico-cultural e artística.

Textos para discussão:

BURKHARDT, J. O desenvolvimento do Indivíduo. In: A Cultura do Renascimento na Itália. Um ensaio. São Paulo: Cia. das Letras, 2003. (p. 111-135)

HUIZINGA, J. A veemência da vida. In: O Outono da Idade Média. São Paulo: Cosac & Naify, 2010. (cap.1, p. 11-45) 

______. O anseio por uma vida mais bela. In: O Outono da Idade Média. São Paulo: Cosac & Naify, 2010. (cap. 2, p.47-83)

PANOFSKY, E. Renascimento: auto-definição ou auto-engano. In: Renascimento e Renascimentos na Arte Ocidental. Lisboa: Editorial Presença, 1981. (p. 17-68) 

WARBURG, A. A arte do retrato e a burguesia florentina. In: A renovação da Antiguidade Pagã. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2013. (p. 121-168) 

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Minicurso 3: Lendo imagens: questões de iconografia e iconologia
Rogéria Olímpio dos Santos [Profª de Artes do Estado do Rio de Janeiro / Doutora UFJF]
Valéria Mendes Fasolato [Profª de Artes do Estado de Minas Gerais / Doutoranda UFJF]

Ementa:

O minicurso de “Lendo imagens: questões de iconografia e iconologia” tem como objetivo esclarecer o que é a Iconografia e a Iconologia bem como o seu papel na análise e compreensão das obras de arte. Pretende, ainda, chamar a atenção dos participantes para a importância da Iconografia como metodologia de investigação em História da Arte expondo, de forma resumida, os métodos a aplicar e as vantagens deles decorrentes.

Textos para discussão:

CASSIRER, Ernst. Filosofia de las formas simbólicas. México: Fondo de cultura económica, 1998.

GINZBURG, Carlo. “David, Marat: Arte, política, religião”. Medo, reverência, terror. Quatro ensaios de iconografia política. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 33-60.

PANOFSKY, Erwin. Estudos de iconologia: temas humanísticos na arte do renascimento. Lisboa: Estampa, 1986.

______. La perspectiva como “forma simbólica”. Barcelona: Tusquets Editores, 1980.

______. O significado nas artes visuais. São Paulo: Perspectiva, 2004.