Respeitável público, é com orgulho que a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apresenta o projeto “Iniciação às Atividades Circenses na Escola”. A ação, que começou em 2009, busca proporcionar aos alunos do Colégio de Aplicação João XXIII e demais interessados da comunidade a oportunidade de conhecer e aprender sobre as artes circenses.
O adolescente Lucas de Oliveira, de 12 anos, é um dos beneficiados. O garoto, que participa da iniciativa há quatro anos, conta que buscou o projeto para aprender coisas novas. “A cada dia, eles trazem atividades diferentes ou que já conhecemos e nunca praticamos antes. Escolhi o circo por ser uma arte diferente, que não faz parte da rotina das pessoas.” Ele conta que a acrobacia coletiva é seu movimento preferido. “Eu acho que me marcou, pois foi a minha primeira apresentação.”
A professora do Colégio João XXIII e coordenadora do projeto, Adriane Tomaz, acredita que as crianças têm interesse pela iniciativa por ter uma temática diferenciada. “Trabalhamos com a dimensão da diversão, bastante lúdica, mas também é um trabalho corporal diferente, que os alunos desconheciam.”
Espetáculos
No final de cada ano, os alunos do projeto fazem uma apresentação em que eles demonstram para plateia o que aprenderam durante o ano. A primeira apresentação ocorreu em 2009, no próprio colégio. Nos anos seguintes, o espetáculo foi levado para o palco do Centro Cultural Pró-Música.
Adriane Tomaz ressalta o trabalho dispensado na preparação, mas garante que vale à pena. “É bastante gratificante quando você vê tudo dar certo no dia da apresentação e a plateia aplaudindo. Nesse momento, todos os problemas que tivemos durante o processo desaparecem”. Para a docente, o principal objetivo do espetáculo é que ele seja a “culminância de tudo que foi aprendido e ensinado no projeto de extensão ao longo do ano”.
Segundo ela, durante o espetáculo é raro acontecer erros e, mesmo quando ocorrem alguns, as crianças conseguem reverter a situação. “A apresentação é feita com muita naturalidade. Os que estão há mais tempo no projeto já conhecem algumas dicas de palco e qualquer imprevisto é resolvido facilmente.”
Recompensa
Samuel Araújo é bolsista do projeto desde 2009. Ele destaca que a atividade oferece experiência para ele, por meio do contato com os alunos. “É muito gratificante atuar no projeto. É muito importante a relação que nós temos com as crianças e o retorno que temos tanto delas quanto de seus pais.”
Para Adriane, colocar as crianças em contato com o universo circense, tema que ainda é pouco divulgado, é uma das maiores recompensas que o projeto lhe proporciona. “O projeto facilita o acesso das crianças e demais pessoas interessadas a aprender essa arte. É bastanta gratificante ser a coordenadora da atividade.”