Cerca de 200 pessoas participaram do IV Seminário de Prevenção à Criminalidade, realizado na última quarta (28), no Auditório da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Juiz de Fora. Diversos setores da sociedade participaram dos debates, como profissionais de segurança pública, das áreas de saúde, educação e assistência social, estudantes de direito, representantes de ONG´s e sociedade civil. Organizado pelo Centro de Prevenção à Criminalidade de Juiz de Fora, o seminário contou com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Pró-reitoria de Extensão da UFJF.
Segundo a gestora social do Centro de Prevenção à Criminalidade, Arine Martins, a iniciativa surgiu da necessidade de discutir a temática da segurança pública sob a perspectiva da prevenção e de buscar soluções para o enfrentamento da violência. “Esperamos que os debates consigam fomentar uma discussão para que as pessoas se conscientizem da necessidade de que não tenhamos apenas mecanismos de prisão e repressão para lidarmos com a violência.”
Já para o presidente da comissão de estudantes da OAB, Lucas Sampaio, o evento é uma oportunidade para profissionais e alunos de Direito debater e entrar em contato com a realidade da prevenção. “Temos um contexto cercado de preconceitos relacionados ao cumprimento de penas. É vital que o estudante da área tenha a consciência dessa realidade e combata os preconceitos.” O estudante do terceiro período da Faculdade de Direito da UFJF, José Mendes da Silva, acredita que o seminário terá papel fundamental em sua formação. “Os debates despertam a consciência sobre a criminalidade e o estudante estabelece senso crítico sobre a realidade.”
O pró-reitor de extensão, professor Marcelo Dulci, participou da mesa de abertura e abordou as possibilidades de expansão de iniciativas de prevenção à criminalidade, além de ressaltar a necessidade de parcerias para execução de projetos com diferentes instituições.
Logo depois, os professores da Faculdade de Direito, Vicente Riccio e Cíntia Chaves conduziram a mesa “Prevenção Social à Criminalidade: um olhar intersetorial sobre a Segurança Pública”. Temas como a necessidade de se estabelecer um plano de segurança nacional e de fortalecer a cooperação das instituições de justiça criminal foram abordados. Para Riccio, é preciso incrementar tecnologias de informação no combate à criminalidade e criar uma agenda para o município no campo da prevenção. “Não conseguimos diminuir a violência sozinhos. A Universidade tem papel importante no sentido de dar suporte técnico e de ouvir a demanda da sociedade, em busca de auxiliar na realização de ações concretas.”
Iniciativas de prevenção à criminalidade também foram apresentadas ao público, como projetos de patrulha, que visam à redução de homicídios, trabalhos com mulheres encarceradas, ações reflexivas sobre drogas e experiências com o regime aberto. O grupo de hip hop da Casa de Cultura Evailton Vilela encerrou o evento com uma apresentação de dança.