A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) aprovou quatro projetos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) no edital “Extensão em Interface com a Pesquisa 2012”, cujo objetivo é financiar ações extensionistas baseadas na pesquisa científica, com o intuito de integrar pesquisadores e sociedade. Neste ano, a instituição destinará mais de R$ 90 mil aos projetos da UFJF.
As iniciativas selecionadas foram “Atividade Física para Mulheres com Câncer de Mama”, “Laboratório de Aprendizagem Colaborativo em Criação Sonora”, “Curso de Mídias Digitais e desenvolvimento de Objetos de Aprendizagem para Professores e Alunos do Ensino Básico” e “A Efetividade da Terapia Cognitivo-Comportamental de Grupo em Pacientes com Fobia Social”.
Música e Tecnologia
O projeto “Laboratório de Aprendizagem Colaborativo em Criação Sonora”, coordenado pelo professor Daniel Quaranta, do Instituto de Artes e Design (IAD), tem como objetivo aliar música a tecnologia, de modo a oferecer uma visão geral das possibilidades de ferramentas tecnológicas, digitais e musicais disponíveis na atualidade.
Segundo Quaranta, o computador se tornou ferramenta útil para a escrita musical, composição, gravação e também para inúmeras atividades didáticas. “A iniciativa proporcionará o acesso de um grupo de pessoas a um tipo de produção musical absolutamente contemporânea.” Os R$ 26.197,50 concedidos pela Fapemig serão investidos na aquisição de equipamentos, como instrumentos, sintetizadores analógicos e virtuais e computadores.
Combate à fobia social
A fobia social, transtorno caracterizado pelo medo e pela ansiedade, pode estar ligada a outras doenças. Uma delas é o alcoolismo. Pensando nisso, foi criado o projeto “A Efetividade da Terapia Cognitivo-Comportamental de Grupo em Pacientes com Fobia Social”, coordenado pelo professor do Instituto de Ciências Humanas (ICH), Lélio Moura Lourenço. Para ele, a prevenção do abuso de álcool em indivíduos com fobia social é necessária. “Com esse estudo, poderá ser avaliada a necessidade de se desenvolver um programa de tratamento individualizado para esse importante grupo de pacientes.”
A iniciativa receberá o incentivo de R$ 33.988,71 que, de acordo com o docente, será destinado à ampliação dos serviços e ao desenvolvimento dos estudos. “É fundamental para a comunidade encontrar apoio em uma instituição pública para um problema que consiste em um flagelo social”, complementa.
Ginástica para a superação do câncer
O projeto “Ginástica para mulheres com câncer”, coordenado pela professora da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), Eliana Lúcia Ferreira, foi contemplado com R$ 19.992,00. Segundo a coordenadora, a ação surgiu a partir da discussão sobre os motivos pelos quais algumas mulheres se entregam à doença e outras a superam. “A prática de atividades físicas ajuda na recuperação e aumenta a autoestima das mulheres”.
A iniciativa conta com o apoio de duas bolsistas. Para a professora Eliana, ao integrar a equipe do projeto, os acadêmicos passam a entender que a educação física não trabalha somente com o corpo saudável. “Primeiramente, os estudantes adquirem um diferencial para o mercado de trabalho. Além disso, eles percebem as necessidades específicas dessa parcela da população.”
Mídias digitais aplicadas ao ensino
Já o projeto “Curso de Mídias Digitais e Desenvolvimento de Objetos de Aprendizagem para Professores e Alunos do Ensino Básico”, coordenado pela professora Flávia de Souza Bastos, da Faculdade de Engenharia, recebeu o incentivo de R$ 13.125,00. O projeto busca atender à demanda de professores da rede pública de ensino básico de Juiz de Fora e região.
Segundo Flávia, o projeto oferece aos professores ferramentas úteis para facilitar a confecção de material didático, mostrar a aplicação das mídias digitais no ensino de forma geral, além de apresentar possibilidades de uma melhor interação as mídias digitais no ambiente escolar. “O recurso concedido pela Fapemig será fundamental quando a escola não contar com laboratório de informática apropriado e precisarmos levar materiais extras, como notebooks e projetores multimídia para garantirmos que sejam atendidos no mínimo seis alunos por minicurso oferecido.”