“Um dos problemas do uso irregular de pesticidas é a nossa própria legislação, pois é adaptada e utilizada de diferentes formas.” É o que afirma a professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), Jussara Regitano, uma das palestrantes do seminário “Contaminação de Solos: características e consequências no meio antrópico”.
O congresso científico reuniu durante a manhã e a tarde da última quinta (4) docentes, acadêmicos e profissionais em debates sobre problemas ambientais, suas consequências à saúde e as possíveis soluções. Com discussões sobre a contaminação em diferentes ambientes e os possíveis agentes causadores, o evento lotou as dependências do Anfiteatro I do Instituto de Ciências Humanas (ICH) e reuniu profissionais de outros estados.
Um dos temas de destaque foi a contaminação em áreas rurais, por meio do uso indiscriminado de pesticida. Segundo Jussara, o Brasil é o maior consumidor desse produto e isso se deve ao fato do país de ser abundante em recursos, além de o clima tropical favorecer o aparecimento de pragas.
A contaminação ambiental por metais também foi abordada. O assunto foi debatido pela professora do Centro de Tecnologia Mineral da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CETEM/UFRJ), Zuleica Castilhos. Segundo a docente, “é necessário haver uma interação entre profissionais da área, para que, juntos, consigam soluções para a ecosaúde”.
Para a pós-graduanda em Geografia, Geisimara Alves, “a discussão foi importante para que todos pudessem conhecer os efeitos que a contaminação provoca à saúde da população. Além disso, o seminário permitiu a troca de experiências entre os participantes”.