As palavras exercem um papel indispensável em nossas vidas seja para ler a resenha de um filme, tomar um ônibus na rua ou escrever um poema. Desde cedo, é importante o estímulo à leitura e à escrita na vida das crianças por parte dos pais, juntamente com profissionais de educação.
O projeto “Intervenção preventiva com foco na leitura e na escrita” busca oferecer a professores, equipe pedagógica e pais subsídios para que os mesmos possam atuar de forma a minimizar os riscos das crianças virem a apresentar dificuldade no aprendizado da leitura e da escrita. A professora da Faculdade de Psicologia, Cláudia Justi, coordena a iniciativa, que beneficia alunos do maternal e do primeiro ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Bonfim, localizada no bairro Bairu.
A iniciativa
O projeto é realizado em três fases. Na primeira, foi realizada uma intervenção com os professores e a equipe pedagógica com o objetivo de apresentar os avanços teóricos e práticos na área da Psicologia da Leitura e ajudá-los a desenvolver várias atividades no contexto escolar. Na segunda etapa, foi desenvolvida atividade com os responsáveis pelas crianças, a fim de sensibilizá-los sobre o importante papel que eles têm na educação de seus filhos e informá-los sobre o que pode ser feito para facilitar o aprendizado da leitura e da escrita das crianças.
A coordenadora acredita que atividades do cotidiano contribuem para o desenvolvimento. “Há brincadeiras que estimulam a consciência dos sons das palavras e a leitura conjunta entre pais e filhos. Além disso, despertam o interesse das crianças pela leitura e estimulam o conhecimento do nome das letras, a aquisição de conceitos básicos sobre a linguagem escrita e o desenvolvimento do vocabulário.” Neste semestre, a iniciativa está na terceira fase, cujo foco é o trabalho com as crianças. No entanto, a parceria com professores, coordenadores e pais permanecerá até a finalização do projeto.
De acordo com a estudante da Faculdade de Psicologia e bolsista do projeto, Flávia Henriques, atualmente, está sendo desenvolvido um rastreamento, no qual são identificados os alunos que não obtiveram respostas positivas à intervenção efetuada pelas educadoras. “Com o resultado em mãos, voltamos o trabalho exclusivamente às crianças que apresentarem dificuldade.”
Para Marília Pontes, voluntária e aluna de Psicologia, a experiência superou expectativas. “O contexto é enriquecedor e proporcionou um aprendizado maior que o esperado”. Flávia complementa que atuar no projeto “é gratificante pela contribuição oferecida às crianças, além do empenho de pais e professoras em conseguir bons resultados.”
As escolas interessadas em participar da iniciativa devem entrar em contato com a coordenadora do projeto pelo email claudia.ngjusti@gmail.com.