Fechar menu lateral

Projeto “Coral Gavroche” completa 23 anos de existência com vasto repertório

As atividades do coral são realizadas no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Foto: Divulgação)

“Persistência”. É assim que a professora aposentada Gilda Surerus resume o trabalho realizado há 23 anos à frente do “Coral Gavroche”. O projeto de extensão, desenvolvido pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) tem por objetivo promover o ensino da língua e da cultura francesa por meio da música. A iniciativa, que surgiu em 1989, se renova e conquista novos adeptos a cada ano.

Desde sua criação, o Coral vem apresentando novos repertórios e surpreendendo alunos, professores e entusiastas do idioma. “Começamos com os ensaios de músicas revolucionárias, pois o Coral foi criado no ano do Bicentenário da Revolução Francesa. Também já trabalhamos com música popular brasileira e outros estilos. Este ano, vamos inovar com as músicas dos Beatles”, comenta Gilda. O projeto, que conta atualmente com 25 alunos, é aberto a toda comunidade. “Qualquer um pode participar. Temos pessoas de todas as idades no Coral. É muito gratificante para mim ter esse contato principalmente com os jovens.”

Para a professora Mayra Guedes, a música é uma ferramenta para o aprendizado de uma língua estrangeira (Foto: Raíza Halfeld)

Segundo a coordenadora do projeto, Mayra Guedes, as aulas estimulam o cérebro e incentiva a aprendizagem. “O ensino de uma língua estrangeira requer algumas estratégias como a arte. Por meio da música, o lado direito do cérebro é estimulado e quando você canta acaba fixando aquela estrutura e não esquece mais. O que se percebe é que as pessoas ficam mais receptivas ao ensino”, ressalta.

Arthur Daniel, formado em Comunicação Social pela UFJF, está no Coral desde 2006 e segundo ele a vontade de aprender outro idioma foi um fator determinante para sua participação na iniciativa. “Entrei convidado por uma amiga que fazia Letras. Sempre gostei de cantar e já havia participado de um coral de uma igreja presbiteriana. O francês para mim foi uma surpresa maravilhosa”, comenta. O jovem, que ainda não fala francês, ressalta que a música supera qualquer dificuldade. “Muita gente se espanta e acha difícil cantar, ainda mais em outra língua, mas eu acho fácil e emocionante. Gosto de me expressar cantando”, conclui.

O grupo se encontra todos os sábados entre 10h e 12h no Espaço Bernardo Mascarenhas. Durante as aulas são trabalhadas técnicas de tradução e questões gramaticais e semânticas. Quem tiver interesse em participar da iniciativa, deve procurar o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, localizado na Avenida Getúlio Vargas 200, Centro, para se inscrever no projeto.