No dia a dia, as pessoas não prestam atenção no uso que fazem de sua estrutura corpórea, mantendo posturas prejudiciais que causam dores, desconfortos e alterações posturais. Para entender o desequilíbrio e o declínio do desempenho do corpo humano, foi criado na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) o projeto “Laboratório de Terapias Corporais” (Latecorp), coordenado pela professora Maria Lúcia Polisseni.
O local foi inaugurado em 2010, com o objetivo de “criar um espaço de discussão, estudo e pesquisa sobre a área”, conta Maria Lúcia. A iniciativa possui duas vertentes principais: a organização e a realização de atividades práticas e a produção e a promoção de conhecimentos sobre o assunto. Na primeira, as ações se destinam tanto ao público interno quanto externo da Universidade, reunindo aulas de Pilates, Yogaterapia, Educação Postural para o Trabalho em Odontologia e Escola de Postura. Para participar, os interessados se submetem a testes e avaliações, que, posteriormente, são organizados em relatórios e transformados em produção científica.
As irmãs Flora Marta Bispo, 51, e Maria Aparecida Bispo, 49, participam das aulas há aproximadamente um ano e estão satisfeitas com os resultados. “Começamos a participar para melhorar a qualidade de vida. Nós éramos muito sedentárias e o corpo já estava cansado e desgastado”, comenta Flora. Ambas concordam que a melhora na postura é visível. “Estou achando a iniciativa maravilhosa. Consigo fazer atividades que há um ano não fazia. As avaliações também ajudam a saber se estamos indo bem e evoluindo”, completa Maria Aparecida.
A estudante do nono período do curso de Educação Física, Natalia Rodrigues, ministra as aulas das irmãs. Natalia já realizou um curso particular na área de fisioterapia e aproveitou essa oportunidade para ganhar experiência. “Um bom profissional está sempre buscando se atualizar”, ressalta a estudante. Há seis meses no projeto, a bolsista afirma que o contato com diferentes pessoas ajuda na formação de um profissional mais completo. “A experiência está sendo bastante útil para mim, pois as turmas são diferentes, permitindo um trabalho diferenciado. Por exemplo, os idosos querem ações de reabilitação, já os jovens buscam as atividades para manter a boa forma.”
A parte teórica da iniciativa visa à ampliação do saber no campo das Ciências da Saúde e da produção de novos estudos. Segunda a professora Maria Lúcia, a teoria ajuda a melhorar a prática. Para isso, são realizados grupos de estudos semanais com a participação de alunos da graduação e da pós-graduação, junto com profissionais de educação física e fisioterapia. Os grupos discutem temas relevantes ao entendimento das principais técnicas de terapias corporais, promovendo a atualização dos participantes. “Hoje temos grupos como o de yoga e o de pilates. Eles são espaços de discussão técnica e científica que, inclusive, promovem a flexibilização curricular”, acrescenta.
Novas turmas
A demanda de interessados em participar das atividades do Latecorp é grande. Assim, uma fila de espera é organizada. “Devido às características do trabalho, as turmas são pequenas. Por isso, sempre há um grande número de pessoas interessadas e que ficam aguardando vaga”, ressalta a coordenadora. No primeiro semestre de cada ano, são oferecidas vagas para novos participantes.
Outras informações: (32) 2102-3289 (Núcleo de Extensão da Faefid).