A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) aprovou três projetos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) no edital “Extensão em Interface com a Pesquisa 2011”, cujo objetivo é financiar ações extensionistas baseadas na pesquisa científica, com o intuito de integrar pesquisadores e sociedade. Neste ano, o incentivo aos projetos da UFJF será de cerca de R$ 110 mil.
As iniciativas selecionadas foram “Musculação e qualidade de vida”, coordenada pela professora da Faculdade de Fisioterapia, Lilian Pinto, “Impacto das ações de educação nutricional na construção de hábitos alimentares saudáveis em adolescentes”, coordenado pela professora Michele Netto, do curso de nutrição, e “Pra aprender a gostar de homem – A heteronormatividade como dispositivo de legitimação da violência intra-familiar contra jovens lésbicas”, sob coordenação da professora do curso de psicologia, Juliana Perucchi.
Fisioterapia e qualidade de vida
O projeto “Musculação e qualidade de vida” surgiu a partir de uma pesquisa conjunta da coordenadora Lílian Pinto com o professor Jeferson Macedo, da Faculdade de Educação Física. O estudo mostrou os efeitos benéficos da musculação em homens de meia-idade.
De acordo com Lílian, a intenção da iniciativa é contribuir para a reversão parcial e prevenção das perdas funcionais decorrentes da idade. “A ação disponibiliza à comunidade local com idade acima de 50 anos, o acesso a um programa de treinamento físico resistido, supervisionado e individualizado, buscando a prevenção e o restabelecimento das perdas funcionais, bem como a promoção do bem estar psicossocial e a melhora da qualidade de vida.” Segundo a coordenadora, os R$ 37.842 recebidos serão investidos em bolsas de iniciação científica, despesas operacionais, materiais permanentes e equipamentos.
Educação Nutricional
O projeto “Impacto das ações de educação nutricional na construção de hábitos alimentares saudáveis em adolescentes” receberá incentivo de R$36.214,50. De acordo com a coordenadora Michele Netto, o valor será investido em equipamentos para coleta de dados e materiais de educação nutricional. O principal objetivo da ação é orientar a construção de hábitos alimentares saudáveis por meio de atividades de educação nutricional e avaliar a efetividade dessas ações.
Michele ainda destaca que o fato desse projeto ter atividades de educação nutricional nas escolas é importante. “Os colégios tornam-se lugares estratégicos para promoção da saúde, já que, as escolhas alimentares são experiências aprendidas e a familiaridade com o alimento é fator preponderante para sua aceitação ou rejeição.”
Combate à homofobia
Já a iniciativa “Pra aprender a gostar de homem”, coordenada pela professora Juliana Perucchi, foi contemplada com R$ 35.458,50. O projeto integra um conjunto de pesquisas e intervenções desenvolvidas em diferentes programas de pós-graduação no Brasil, que trabalham o tema da homofobia, e seus desdobramentos no âmbito educacional familiar e da saúde.
O projeto, que atende jovens lésbicas mineiras, tem por objetivo intervir sobre os aspectos psicossociais dos processos de ruptura do vínculo familiar, no sentido de minimizar os impactos de tais processos na saúde delas.