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Ação extensionista contribui para a formação de educadores infantis

Para Lea, profissionais da educação infantil precisam ser valorizados

Desde 2007, a Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) desenvolve um projeto de extensão que oferece cursos de formação de professores da educação infantil. A ação tem como objetivo analisar e lidar com os educadores que trabalham em creches comunitárias municipais na cidade. Esses profissionais discutem o processo crítico e reflexivo das atividades exercidas nas creches de modo a contribuir para a melhoria da educação das crianças.

O projeto
Segundo a coordenadora, professora Lea Stahlschmidt, a iniciativa, realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Educação,  surgiu por meio de uma pesquisa realizada na creche São Pedro com crianças de 0 a 3 anos. Com os resultados, o grupo viu a necessidade de contribuir com a formação de profissionais que trabalham com alunos dessa faixa etária. Mais tarde, o projeto se estendeu para outras creches comunitárias de Juiz de Fora.  A partir do ano passado, o projeto estabeleceu uma parceria com a Secretaria de Educação, onde as aulas do curso passaram a ser realizadas.

Para Lea, as pesquisas em educação são quase inexistentes na cidade. “Infelizmente, sempre é priorizada a alfabetização. A importância de um educador bem formado que trabalha com crianças tão pequenas, geralmente, é esquecida”. A professora também acredita que essa desvalorização do educador infantil causa prejuízo na educação. “Os alunos de até 3 anos passam a maior parte do seu dia com profissionais que não são valorizados pela sociedade de um modo geral. No entanto, essa etapa da infância deve ser respeitada para evitar danos futuros na educação dessas crianças”.

Atividades
Nos cursos são discutidos temas como a organização do espaço e das atividades a serem desenvolvidas. “Trabalhamos com questões relativas ao desenvolvimento da criança. Também discutimos como os educadores costumam lidar com algumas características dessa faixa etária, como as mordidas, os beliscões e o egocentrismo”, explica. A docente ainda ressalta a importância da promoção de atividades. “Os professores precisam ficar atentos para temas como higiene e alimentação, mas sem um tempo cronometrado para a realização dessas atividades. É necessário despertar o lúdico e observar como a criança reelabora tudo o que vê no contexto em que está inserida.”

As reuniões do projeto são realizadas uma vez por semana na Secretaria de Educação. Os educadores, interessados em participar, podem se inscrever gratuitamente. O curso tem duração de um ano.

Outras informações: (32) 3690-7341