Na manhã do último sábado (14), foi realizada a formatura dos alunos do curso de inglês do Boa Vizinhança, na Faculdade de Letras (Fale) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A formatura contou com a presença de alguns alunos que estavam iniciando o curso no mesmo dia e puderam assistir a entrega do diploma de conclusão de 12 formandos que, durante um ano e meio, aprenderam ou aprimoraram a língua inglesa. Coordenado pela professora da Fale, Patrícia Nora de Souza , o programa é realizado em parceria com a Pró-reitoria de Extensão e oferece cursos de língua estrangeira para moradores do entorno do campus e de outros bairros da cidade.
Aluna do projeto, pela segunda vez, Sandra Aparecida Oliveira diz ser “apaixonada” pelas obras do poeta chileno, Pablo Neruda e que as aulas de espanhol, que assistiu há alguns anos, proporcionaram a ela a liberdade de ler e interpretar os textos do autor na língua original. Desta vez, a moradora do bairro São Bernardo concluiu as aulas de inglês e mostra interesse em outros idiomas. “Acho que o projeto deveria ser expandido. Gostaria de aprender também francês e italiano, idiomas que acho muito bonitos.”
A diretora da Fale, professora Neiva Ferreira Pinto, compartilha da mesma expectativa de expansão. Ela acredita que, muitas vezes, a UFJF fica distanciada do público externo. “O programa abre uma porta de acesso e estimula a participação e vinda de outras pessoas para a Universidade. Um trabalho como esse é importante, pois atinge não só quem está próximo.”
Além da integração com o público externo, os projetos de extensão trazem diversas oportunidades para os alunos da UFJF. No caso do Boa Vizinhança, Neiva destaca os benefícios proporcionados aos graduandos envolvidos. “A iniciativa apresenta oportunidade para treinamento, uma vez que bolsistas e estudantes, a partir do projeto, atuam em um campo concreto para iniciarem o magistério.”
A professora do projeto, Marina Cabreli, começou a ministrar aulas de inglês como bolsista, quando ainda era graduanda de Letras. Hoje, já formada, conta como foi importante a troca de experiências com as turmas. “Ao mesmo tempo em que eu ensinava inglês, os alunos de diferentes idades, moradores de várias regiões da cidade, me transmitiam conhecimentos diversos em 4 horas de aulas por semana. Estou com sentimento de dever cumprido. Nós conseguimos.”