Alunos da UFJF e professores do ensino público de Juiz de Fora se reúnem a fim de expandir a tecnologia na sala de aula
Cansados do giz e do quadro negro, docentes do ensino básico e médio buscam novas tecnologias para aprimorar aulas. É o que o curso de Mídias Digitais tem oferecido desde o início do semestre para professores no Centro de Ciências do Colégio João XXIII. Este é um projeto do professor Eloi Teixeira em parceria com o Grupo de Educação Tutorial (GET) do curso de Engenharia Computacional da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a UFJF Extensão.
A iniciativa já funciona há alguns anos na sala de informática do Centro de Ciências com aulas semanais. O conteúdo oferecido varia desde conhecimento do pacote Office até modelagem geométrica em desenhos 3D. O Movie Maker, programa de edição de vídeo do Windows, até então era desconhecido para a professora de química Fátima Souza. “Conhecer o software é bom, pois eu posso produzir meu próprio material e me proporciona orientar melhor os alunos no desenvolvimento de trabalhos”. Silvia, que atualmente da aula no Colégio Militar, conta que há pouco tempo utilizou os ensinamentos do curso para produzir um compilado de vídeos da internet utilizando-os em uma aula sobre petróleo.
O tutor do GET do curso de Engenharia Computacional, Heber Bernardino, define o objetivo do projeto: “A ideia é levar um conhecimento técnico de ferramentas de mídias para professores de escolas públicas da região. E com todo esse aparato tecnológico, trazer novas possibilidades em objetos de aprendizagem e novas formas de elevar o interesse do aluno”. Segundo o professor, a entrada da tecnologia na sala de aula aumenta o interesse pela educação no ensino básico.
Papéis invertidos
A extensão proporciona uma inversão de papéis interessante durante o curso. Enquanto os professores sentam para aprender e se aprimorar, alunos da UFJF assumem o papel de educadores toda semana. Atuante no projeto há quase dois anos, o bolsista do GET, Lorran Sutter, destaca como é importante “sair da rotina de estudos para repassar seus conhecimentos”. Ele conta que os professores inscritos nas aulas apresentam defasagem em certos pontos básicos no que se refere à computação. Para isso, a prioridade é ensinar coisas simples e depois avançar no domínio de ferramentas importantes a serem usadas nas escolas.