O “Programa saúde criança: Tecnologia para inclusão social integrada na saúde” foi um dos dez projetos contemplados da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a receber o valor de R$ 273.758,62 pelo Programa de Extensão Universitária (ProExt/2015). Coordenada pela professora Marta Cristina Duarte, da Faculdade de Medicina da UFJF, a ação foi motivada pela oportunidade em implantar na cidade, vinculada ao Hospital Universitário (HU), a franquia social da organização não governamental Saúde Criança. Além disso, os trabalhos sinalizam a integração entre várias áreas do saber da Universidade.
Segundo a coordenadora do projeto, Marta Cristina Duarte, “a verba a ser adquirida será destinada a bolsistas, a consultores, a organização de eventos técnicos, a produção de material de divulgação e a custeio de despesas realizadas durante as atividades. Essa contemplação com recurso significa a possibilidade de aplicar uma tecnologia social integradora em que o foco é a saúde de crianças, analisando as diversas variáveis que interferem de maneira integrada e não dissociada.”
O programa começará em janeiro de 2015 e prevê o desenvolvimento de atividades práticas por dois anos. Ele contará com 14 bolsistas das áreas de Administração, Arquitetura, Comunicação Social, Direito, Enfermagem, Engenharia Civil, Estatística, Medicina, Nutrição, Odontologia, Pedagogia, Psicologia e Serviço Social. Para Marta, “a participação de alunos de graduação e pós-graduação de diversos campos da Universidade, permitirá integrar, de fato, as áreas de conhecimento, respeitadas as suas especificidades, em torno de um mesmo objetivo.”
A iniciativa visa acompanhar e monitorar até 60 famílias em situação de vulnerabilidade social por meio da aplicação do Plano de Ação Familiar (PAF) da Associação Saúde Criança de Juiz de Fora que compreende cinco áreas: saúde, renda familiar, moradia, educação e cidadania. O atendimento será iniciado por uma triagem de crianças em situações críticas, internadas e/ou atendidas no HU. Após as definições, os familiares deverão se comprometer com as metas a serem atingidas para melhoria da qualidade de vida não só das crianças, mas também das famílias e das comunidades.
A docente aponta alguns elementos de interferência a serem trabalhados durante o programa. “A geração de renda, a moradia, a educação e o acesso aos direitos são requisitos decisivos para a promoção da saúde na família. A participação da Universidade como instituição que gera e transfere conhecimentos poderá permitir o monitoramento científico, a reflexão sobre os resultados e o aprimoramento da tecnologia.”
Outras informações: 4009 – 5116 (Setor de Pediatria do Hospital Universitário)