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Projeto “Hospital de Ursinhos” busca desmistificar a figura do médico

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Interagindo “fantasiada” de médica, as crianças interagem e perdem o temor por estarem em situações hospitalares (Foto: Julia Cherem e Diogo Albino/ Estúdio Coletivo Relicário).

Levar o filho ao médico geralmente é uma missão difícil para os pais, uma vez que as crianças costumam ter receio da consulta médica. Para mostrá-las como realmente funcionam o atendimento médico e os procedimentos de saúde, foi criado o projeto de extensão “Hospital de Ursinhos”, coordenado pelo professor Everton Rocha do Departamento de Bioquímica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Juiz de Fora. Segundo o docente, esse comportamento infantil é comum, “afinal, o médico é a pessoa que diagnostica problemas que não gostaríamos de ouvir. E para a criança, isso toma uma dimensão maior, pois a ida ao hospital é associada a um evento de dor.”

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Na brincadeira com teor sério, os ursinhos viram pacientes na frente de curiosas crianças (Foto: Julia Cherem e Diogo Albino/ Estúdio Coletivo Relicário).

 A iniciativa, criada na Noruega por acadêmicos de medicina, vem sendo desenvolvida em vários países. Aqui em Juiz de Fora, começou há dois anos, com campanhas anuais promovidas pela Federação Internacional de Associações de Estudantes de Medicina (IFMSA). Devido à grande procura por parte dos acadêmicos, a atividade se tornou um projeto de extensão no fim do último ano. As primeiras experiências aconteceram no Centro Educacional Ricardo Moysés Júnior, na Fundação Ricardo Moysés Júnior e na Escola Infantil Ao Pé da Letra. A próxima instituição a ser atendida é o Instituto Maria, localizado no Bairro São Mateus.

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A maneira lúdica não impede que as crianças aprendam a seriedade e a tranquilidade durante procedimentos hospitalares (Foto: Julia Cherem e Diogo Albino/ Estúdio Coletivo Relicário).

Formada por oito membros, sendo um bolsista e os demais voluntários, a ação recria um verdadeiro hospital lúdico, montado nas escolas. Existem todas as seções típicas, como a recepção, a sala de espera, a de vacinação, a de curativos, os consultórios, a sala cirúrgica, a de imagens e a farmácia. “Porem, tudo é de brinquedo, do curativo à seringa, e todos os procedimentos são feitos no ursinho. A criança é colocada no papel de pai e passa por todos os setores. A expectativa é que ela, após vivenciar essa experiência, aceite melhor os procedimentos de saúde a que poderá ser submetida daqui pra frente,” ressalta a bolsista Ana Carolina Almeida.

Para a realização do projeto, a equipe está promovendo uma campanha de arrecadação de ursinhos de pelúcia. Os interessados em doar devem entrar em contato com a equipe por meio do e-mail hospitaldeursinhosufjf@gmail.com. A iniciativa pretende atender uma escola por mês, e o único critério de seleção é que as crianças tenham entre três e oito anos. As instituições interessadas em participar devem fazer a solicitação também pelo mesmo endereço eletrônico.

Outras informações: hospitaldeursinhosufjf@gmail.com

 

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