Com o intuito de promover a integralidade das ações voltadas para a saúde da mulher, a professora do Departamento de Enfermagem, Maria das Dores Souza, coordena o projeto “Promoção da Atenção Integral a Saúde da Mulher na Atenção Primária a Saúde”. A iniciativa realiza atendimento individual em domicílio e grupal nas Unidades de Atenção Primária a Saúde (UAPS), orientando as mulheres e solucionando dúvidas sobre seu corpo e sexualidade. “Este espaço foi construído para a mulher desconstruir mitos, para que se sinta bonita do jeito que ela é”, ressalta Maria das Dores.
O projeto teve início em 2001 e foi reativado no segundo semestre de 2012 com novas atividades. Tem como público alvo mulheres em todas as suas fases de vida incluindo gestantes, mulheres no climatério, que é a fase entre os 40 e 65 anos juntamente com o evento da menopausa e mulheres no período puerperal, que é o pós-parto. No período de um ano, foram atendidas mais de cem mulheres.
Atividades
O projeto atua na Obra Social Santa Catariana, onde foi desenvolvido o grupo de Climatério, e em três UAPS, nas quais são realizadas visitas domiciliares com consultas de enfermagem para mulheres no puerpério, período pós-parto, e os grupos de educação em saúde de Direitos Sexuais e Reprodutivos e de Gestantes e Casais Grávidos.
De acordo com a bolsista do projeto e estudante de enfermagem, Joyce Santana, “no grupo de direitos reprodutivos é abordado a sexualidade em todos os aspectos, pois dialogamos com os participantes sobre anatomia do corpo, as doenças sexualmente transmissíveis, os métodos contraceptivos e sobretudo os direitos que os cidadãos possuem de fazer escolhas com relação a sexualidade e a reprodução”. No grupo de gestantes é discutido o parto com suas diferentes possibilidades e os direitos legais que o casal possui. Os encontros para as orientações em grupo são semanais.
De acordo com Maria das Dores, é importante exercer essas atividades uma vez que a morbimortalidade feminina ainda é elevada, e os fatores principais de morte das mulheres poderiam ser evitados caso ela fosse melhor atendida, melhor informada e se houvesse mais espaço para troca de informações com os profissionais de saúde, para que passam desabafar, dizer o que sabem, pensar em sua própria saúde, do seu corpo, da sua sexualidade, do que é ser mulher, e não somente pensar sobre o pré-natal, nascimento e pós- natal (puerpério).
Para Joyce, apesar das adversidades encontradas ao longo do percurso é possível perceber que o projeto faz diferença na vida dos envolvidos. “Quando encontramos as pessoas que participaram e elas nos agradecem, relatando as transformações ocorridas em suas vidas devido as nossas orientações, com certeza nos deixa com uma sensação que vai muito além daquela de dever cumprido”.