Com o objetivo de ser uma vitrine de experiências educacionais em escolas de todo o Brasil, o Colégio de Aplicação João XXIII da UFJF desenvolveu a revista Argo – Cultura & Ensino. “A nossa ideia era criar uma ferramenta que fosse direcionada aos professores e às escolas de educação básica e também disseminasse práticas bem sucedidas dessas escolas”, conta a coordenadora do projeto de extensão que desenvolve a revista e integrante da comissão editorial, Margareth Pereira.
A publicação leva o nome de uma pequena embarcação que, segundo a Mitologia Grega, foi construída com ajuda da deusa Atena e levou Jasão e os argonautas em busca do velocino de ouro e, consequentemente, do trono. Essa foi a única embarcação a conseguir transpor as rochas de Simplégades. Ao herdar o nome da famosa nau grega, a revista do João XXIII recebeu a missão de levar práticas de ensino bem sucedidas a todos os cantos do Brasil. Além do título, as sessões da revista receberam nomes que fazem referência à embarcação, como “Leme”, a principal reportagem da revista; “Bombordo” e “Estibordo”, espaços dedicados aos debates; e “Velocino de Ouro”, local destinado à publicação de cartas abertas ou manifestos.
Segundo Margareth, as revistas são distribuídas gratuitamente para escolas municipais e estaduais de Juiz de Fora, instituições federais, unidades acadêmicas da UFJF, Ministério da Educação e outras localidades que recebem eventos relacionados à capacitação de docentes.
Estética
“A reação geral foi de que a revista ficou muito bonita”, conta Margareth. A docente lembra que a diagramação foi um dos pontos que mais preocuparam a equipe responsável desde o planejamento. “Quando você quer que uma criança leia, é preciso criar um livro atrativo para a leitura. Nós nos preocupamos em prender a atenção dos leitores por meio de imagens e jogos de palavras. Não queríamos que a revista fosse enviada e engavetada.”
Entre os responsáveis por esse resultado está a estudante Nathália Corrêa, que assina as fotos da revista. A bolsista conta que uma de suas maiores preocupações ao tirar uma foto é de que a imagem, além ser informativa, precisa ser bonita esteticamente. “Sempre que vou fotografar me preocupo com a estética, principalmente com a composição das fotos.” Nathália conta que por ter periodicidade semestral, tanto ela, como a jornalista Márcia Carneiro e o diagramador Diego Navarro tiveram tempo para planejar a relação entre textos e fotos na revista. “É muito importante existir um diálogo, principalmente entre repórter e fotógrafo, para que o resultado final seja interessante.”
Lançamento
A primeira edição da Argo foi publicada em maio, com destaque para uma reportagem sobre a participação de estudantes no Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (PROBIC Júnior). Segundo Margareth, embora a primeira edição tenha alcançado resultado positivo, houve algumas dificuldades em conseguir participações. “Por ser o primeiro número, foi difícil conseguir fontes, principalmente de fora da escola. Foi preciso fazer um esforço junto às pessoas, cujos trabalhos já conhecíamos.”
A próxima edição da revista, prevista para o início de 2014, está em fase de produção. Segundo a coordenadora do projeto, desta vez o conteúdo será mais denso e com maior número de artigos e participações de alunos e professores de outras instituições. “A revista está crescendo. Ela está tomando uma forma mais consistente.”