A campanha mundial “Outubro Rosa” tem por finalidade prevenir e detectar precocemente o adoecimento feminino por câncer mamário. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), um em cada três casos de câncer pode ser curado, se detectado no início. Dessa forma, manter-se informada e realizar exames preventivos são medidas fundamentais para a manutenção do bem-estar e da saúde.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio da Pró-reitoria de Extensão (Proex), desenvolve diversas ações que atuam na detecção precoce e no atendimento de mulheres acometidas pelo câncer de mama. Esse é o caso da iniciativa “De peito aberto: programa de prevenção e acompanhamento integrado do câncer de mama do Hospital Universitário (HU)”, sob a coordenação da professora da Faculdade de Enfermagem, Jaqueline Ferreira Ventura Bittencourt.
“Sabe-se que a descoberta de um tumor pode vir a trazer angústia, incerteza, medo do futuro e, por isso, a mulher precisa não somente ser acolhida por uma equipe multiprofissional, mas orientada , esclarecida, quanto ao que existe de mais eficaz e com menos efeitos colaterais, já que esclarecida participa do tratamento e, com as devidas informações, há o entendimento em se manter bem e com saúde”, aponta a docente.
Equipe Interdisciplinar
O projeto de extensão, sediado no Hospital Universitário, acolhe, presta assistência individualizada para mulheres diagnosticadas com o câncer de mama, atua na realização de exames preventivos para as demais mulheres, além de trabalhar com informações que conscientizam a comunidade para a importância de fazer a mamografia.
“As mamas têm um significado forte para a maior parte das mulheres e, por mais que os tratamentos sejam menos invasivos, ainda têm uma perda significativa. Contudo, quando se consegue colocá-las no centro das decisões do seu tratamento e do seu cuidado (autocuidado), existem possibilidades de aliviar o sofrimento emocional e um maior engajamento das mesmas à assistência”, enfatiza Bittencourt.
A equipe do projeto “Peito Aberto” é formada por estudantes, professores e profissionais de diversas áreas do conhecimento, dentre elas: enfermagem, fisioterapia, medicina, nutrição, odontologia, psicologia e serviço social. O projeto atende cerca de 600 mulheres anualmente.
Devido à pandemia de Covid-19, atualmente, o projeto também conta com o auxílio de teleatendimento. “O telecuidado foi implantado para o atendimento às mulheres acometidas pela doença, no qual consiste do uso da telecomunicações e da tecnologia computacional de prestação de cuidados de saúde à distância”, conclui a docente.
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