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Conhecimento e terapia baseados em plantas medicinais são difundidos para população de Juiz de Fora

A solução para muitos problemas de saúde pode brotar do chão, literalmente. Diversas plantas possuem diferentes funções no combate às doenças. Afinal, buscar tratamento no que a natureza oferece é um hábito antigo do ser humano. No entanto, o que muitos conhecem como “receita da vovó” é trabalho sério para os estudiosos acerca de remédios de origem vegetal. Para ampliar os conhecimentos sobre essas plantas medicinais, o projeto “Ambulatórios de Fitoterapia” do departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) busca levar essa terapia para a população local.

Fito 1

O diagnóstico dos problemas de saúde é feito pelos próprios participantes que após uma capacitação, estão aptos a orientar (Foto: Arquivo do projeto)

Segundo o coordenador da iniciativa, João Batista Picinini, “a Fitoterapia é uma forma de medicar, tratar, curar e prevenir doenças, existente há mais de 12 mil anos.” Atualmente o ambulatório funciona na Igreja São Mateus, no bairro de mesmo nome, em espaço reservado. Para participar, é necessário agendamento prévio para a realização do teste (diagnóstico), medicação com os chás e plantas, além de acompanhamento. “Esse é um procedimento de clínica médica igual a todos os outros, embasado em consulta, avaliação e prescrição,” explicita Picinini.

Lucilene Vaz fez o curso preparatório, também oferecido pelo projeto, para atender a população em busca da terapia. Para ela, o mais interessante é o tratamento da depressão com erva de São João. “Quando termina, a pessoa está transformada,” explica. Outro exemplo de sucesso do procedimento ocorreu na família da senhora Samaritana Barcea. Ela explica que sempre foi naturalista e lia muito sobre o assunto. “Graças às medicações com chás naturais, os fitoterápicos curaram meu marido de uma varicela e minha filha que sofria com um mioma no útero,” conta com satisfação.

Planta

 

Regulamentação

Em diversos países, a fitoterapia é uma alternativa significativa no tratamento, especialmente pelo fato de os medicamentos industrializados serem muito caros, e os sistemas de saúde pública, ineficientes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já regula uma série de medicamentos fitoterápicos, como a “espinheira santa” para o tratamento de úlceras e gastrites, e o “guaco” para sintomas da gripe.

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Voluntária no projeto, Samaritana ajuda na organização das ervas medicinais (Foto: Kaio Lara/Extensão UFJF)

Além disso, por meio de uma portaria interministerial, o governo criou, em 2008, o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos com objetivo de ampliar a utilização deste tipo de medicamento pelo SUS. Para o coordenador do projeto “Ambulatórios de Fitoterapia”, João Batista Picinini, o desafio, portanto, é trazer cada vez mais profissionais de saúde – medicina, farmácia, bioquímica, enfermagem, nutrição – para a pesquisa, extensão e ensino na área, com intuito de difundir atividades terapêuticas baseadas em plantas medicinais.

 

Outras informações: (32) 3232-3154 (Para agendamento na Igreja São Mateus)

www.ufjf.br/proplamed

 

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