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Oficina irradia arte e tecnologia da “ciência” de se fazer gambiarra

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Ao final da oficina, os alunos vão ter que criar um artefato multifuncional que pode ser reconhecido como eletrônico, escultura ou objeto decorativo (Foto: Kaio Lara/Extensão)

Às vezes um barbante, uma fita adesiva ou um arame podem ser matéria-prima perfeita para uma simples gambiarra. No entanto, para os participantes da “Oficina de Gambiologia”, sucata e objetos eletrônicos passam a compor um tipo de arte inusitada e instigante.  Nos três dias de atividades, de 16 a 18 de outubro, lâmpadas, conexões e ferro-velho são moldados para dar luz, forma e som a diferentes obras artísticas. Tal iniciativa tem acontecido na Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio do Laboratório Usotópico, um projeto do Instituto de Artes e Design (IAD) em parceria com a UFJF Extensão.

Gambiologia é conhecida como a “Ciência da Gambiarra”, além do nome do trio de gambiólogos de Belo Horizonte, Fred Paulino, Lucas Mafra e Paulo “Ganso”, responsáveis pela orientação dos trabalhos na UFJF. Para produzir as obras, são certeiros o olhar artístico e o eletrônico durante a concepção. Contudo, segundo Fred, “antes mesmo dessas duas características, é preciso ser curioso.”

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Oficina é ministrada por trio de BH premiado mundialmente no que se refere a arte eletrônica (Foto: Kaio Lara/Extensão)

Para o graduando do IAD, Cláudio Filho, cujos trabalhos pessoais envolvem semiótica, a gambiarra dá espaço para surgirem objetos tecnológicos com utilidade funcional e até escultural. O estudante ainda acredita que sairá da oficina com um plus. “Por meio do conhecimento sobre o funcionamento de circuitos elétricos e led de luz, poderei acrescentar ao meu cotidiano criativo uma escultura eletrônica, por exemplo.”

No total, foram 14 inscritos. A ideia dessa ação é de que, no fim das atividades, cada aluno tenha um produto a partir dos materiais e dos conceitos da gambiarra. O mestrando do IAD, Tiago Rubini, conta que essa não é a primeira oportunidade que a comunidade tem de entrar em contato com a Gambiologia. É a segunda vez que o trio vem a Juiz de Fora.  O acadêmico destaca que a iniciativa tem origem nos trabalhos em arte e tecnologia já realizados pelo laboratório. “O método deles é exatamente esse, abrir a caixa preta, fazer as pessoas se sentirem a vontade de trabalhar com eletrônica e sucata,” revela.

 

Outras informações: (32) 3215 – 4694 (Casa de Cultura)

(32) 2102 – 3350 (Instituto de Artes e Design)

www.gambiologia.net

 

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