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Órgãos públicos debatem demandas para preservação ambiental na Zona da Mata

Participaram da reunião do NIEA, o promotor Bruno Guerra, o pró-reitor de extensão, Marcelo Dulci, a coordenadora do EGP, Maria Isabel Alvim, o subcomandante do 4º batalhão do Corpo de Bombeiros,  major Alexandre Casarim, os professores Cezar Barra e Otávio Branco e os estudantes Paulo Pereira e Juliana Bohrer (Foto: Diogo Mendes/Proex)

Participaram da reunião, o promotor Bruno Guerra, o pró-reitor de extensão, Marcelo Dulci, a coordenadora do EGP, Maria Isabel Alvim, o subcomandante do 4º batalhão do Corpo de Bombeiros, major Alexandre Casarim, os professores Cezar Barra e Otávio Branco e os estudantes Paulo Pereira e Juliana Bohrer (Foto: Proex)

Levantar as principais demandas ambientais da Zona da Mata Mineira com o objetivo de desenvolver projetos sustentáveis com financiamento público. Com essa finalidade, foi realizada na última segunda-feira (5), reunião do Núcleo Interinstitucional de Estudos e Ações Ambientais dos municípios mineiros da Bacia do Rio Paraíba do Sul (NIEA/BPS). Participaram do encontro, representantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e de órgãos como o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MP-MG) e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.

O promotor de justiça e coordenador regional das promotorias do meio ambiente da bacia do Rio Paraíba do Sul, Bruno Guerra, destacou a importância da participação de diferentes órgãos na reunião. “Fizemos esse encontro para dar uma nova cara para o grupo, com a participação de pessoas interessadas no meio ambiente e que possam desenvolver um trabalho estratégico, um mapa de atuação em determinadas áreas, além de projetos específicos para que eles ganhem amplitude e eficácia técnica.”

Para a coordenadora do Escritório de Gerenciamento de Projetos da UFJF (EGP), professora Maria Isabel Alvim, é necessário definir as demandas prioritárias. “Precisamos conhecê-las para colocar os projetos em prática e atender as necessidades da nossa região. Se não planejarmos e tomarmos alguma atitude, os desastres ambientais continuarão acontecendo. É o momento da UFJF participar desse processo e colaborar com a formalização de propostas e captação de recursos junto aos órgãos de fomento.”

Os professores da Faculdade de Engenharia, Cézar Barra e Otávio Branco, que desenvolvem projetos de extensão com cunho ambiental, também participaram da reunião. Para Barra, que desenvolve um projeto que busca mapear as áreas de risco, o trabalho em grupo permitirá identificar os locais que precisam de intervenção emergencial. “A partir disso, pretendemos desenvolver projetos de captação de recursos, pois temos profissionais qualificados, no entanto falta estrutura. Precisamos criar bases de dados com precisão suficiente para evitar os desastres.”

Segundo o subcomandante do quarto batalhão do Corpo de Bombeiros, Major Alexandre Casarim, o debate entre diferentes instituições é fundamental. “A multidisciplinaridade é importante para o desenvolvimento de projetos com execução eficaz.” Segundo o major, a principal demanda do órgão é um mapeamento de áreas de suscetibilidade a riscos ambientais, como enchentes e deslizamentos de terra.

Acadêmicos envolvidos em atividades ambientais também participaram da reunião. Para o coordenador geral do Núcleo de Proteção e Defesa Civil Universitário (Nupdec) e estudante do curso de Direito, Paulo Pereira, a participação de alunos é importante para que eles possam expor suas posições e possibilidades de apoio. “A participação é benéfica, pois permite ao universitário a oportunidade de ganhar experiência e aplicar na prática os conhecimentos adquiridos, gerando benefícios e desenvolvimento para a sociedade.” Entre as atividades desenvolvidas pelo Nupdec, está a oferta de consultoria júnior em Gestão de Riscos para seis municípios da região.

A estudante do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, Juliana Bohrer, participa dos projetos “Avaliação da qualidade e da quantidade de água no Ribeirão Espírito Santo em Juiz de Fora” e “Diagnóstico do potencial poluidor das indústrias instaladas na cidade de Juiz de Fora/Distrito Industrial”. Para ela, os debates promovidos pelo NIEA são de grande importância, pois permite o compartilhamento de experiências entre representantes de diversos órgãos relacionados ao meio ambiente. “Ao percebermos as dificuldades enfrentadas por cada setor podemos, posteriormente, evitar problemas oriundos da falta de diálogo. Além disso, poderei ajudar na captação de estudantes para realização de pesquisas para o núcleo.”

No encontro, ficou definido que na próxima reunião do grupo, agendada para o dia 30 de maio, cada entidade apresentará suas principais demandas para que propostas de projetos possam ser desenvolvidas, com o apoio do Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP) da UFJF e de professores e estudantes envolvidos em atividades extensionistas. Outro tema levantado foi a necessidade da realização de um seminário, que busque reunir os principais agentes da área ambiental da região, cuja organização será discutida na próxima reunião.

Outras informações: (32) 2102-3971 (Proex)