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Seminário de Extensão promove debate sobre política de extensão na UFJF e define grupo de trabalho

Os pró-reitores Maria Lúcia Polisseni e Marcelo Dulci e o diretor da Faculdade de Engenharia, Hélio Antônio da Silva abriram o Seminário (Foto: Willian Oliveira/Proex)

Os pró-reitores Maria Lúcia Polisseni e Marcelo Dulci e o diretor da Faculdade de Engenharia, Hélio Antônio da Silva abriram o Seminário (Foto: Willian Oliveira/Proex)

“A extensão é um dos maiores desafios das universidades. Acredito que estamos vencendo esse desafio.” Com essa fala, o diretor da Faculdade de Engenharia, professor Hélio Antônio da Silva, abriu o VIII Seminário de extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora. O docente ainda disse que se sentia honrado em ter a Faculdade de Engenharia como sede do Seminário, primeiro evento realizado na faculdade em seu aniversário de cem anos.

A Pró-reitora adjunta de extensão, Maria Lúcia Polisseni, exaltou a presença dos mais de cem participantes nos dois dias. “A participação foi excelente e os professores que vieram contribuíram bastante com as suas ideias e com os pontos importantes que precisamos discutir.” A Pró-reitoria de extensão optou por usar uma dinâmica, em que os temas discutidos não partiam dos pró-reitores, mas sim dos participantes. “Escolhemos o Brainstorming, pois existem muitos pontos na extensão a serem debatidos e não queríamos que os participantes ficassem presos a temas pré-estabelecidos e dessa forma as ideias foram aparecendo.”

A professora da Faculdade de Comunicação Social, Gabriela Borges, conta que achou o evento interessante. “O Seminário proporcionou uma dinâmica de debates e foi uma oportunidade das pessoas se conhecerem.” Já o professor Leonardo Carneiro, do curso de Geografia, elencou as principais dificuldades encontradas por ele para desenvolver projetos de extensão na UFJF, como a execução financeira de projetos financiados e problemas enfrentados por sua equipe de trabalho com o deslocamento por cidades da região. “Foi uma excelente oportunidade de todos os coordenadores e interessados em extensão se encontrarem e discutirem potencialidades e problemas.”

Professora Ângela Gollner levantou a possibilidade de servidores do HU coordenarem projetos de extensão (Foto: Willian Oliveira/Proex)

Professora Ângela Gollner levantou a possibilidade de servidores do HU coordenarem projetos de extensão (Foto: Willian Oliveira/Proex)

“Notamos que muitos dos colegas que têm projetos, também têm as mesmas preocupações”, afirmou a diretora de ensino e pesquisa do Hospital Universitário (HU), professora Ângela Gollner. A docente mostrou-se preocupada com a participação dos servidores que atuam em projetos de extensão no HU. Segundo ela, embora tenham vontade e estejam aptos, os profissionais não podem coordenar projetos, por não serem docentes. “No Hospital, temos funcionários que são médicos, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais e eles têm vontade de lançar projetos, mas não conseguem, pois não são professores.”

Conselho Setorial

Já no segundo dia de encontro, os docentes da UFJF debateram as funções e a possibilidade de nova composição do Conselho Setorial de Extensão e Cultura da UFJF. “A Universidade está aberta a sugestões e propostas para podermos fazer modificações”, ressalta o pró-reitor de extensão, professor Marcelo Dulci. O pró-reitor ainda acrescentou que “a extensão, o ensino e a pesquisa funcionam como uma engrenagem e devem trabalhar de maneira indissociável. A Universidade, na busca de garantir bons resultados, deve funcionar baseada nesse tripé”.

O procurador Dênis Franco apresentou a possibilidade de alteração de composição do Conselho (Foto: Nathália Nascimento/Proex)

O procurador Dênis Franco apresentou a possibilidade de alteração de composição do Conselho (Foto: Nathália Nascimento/Proex)

Segundo Dulci, é necessário promover alterações no Conselho de Extensão para que ele funcione plenamente e, assim, a extensão se desenvolva. “Para haver mudanças é preciso que toda a Universidade se abra para discussões, apresente as propostas de maneira clara e deixe visível os interesses acadêmicos.” O procurador-chefe da Procuradoria Federal junto à UFJF, Dênis Franco, buscou esclarecer no Seminário dúvidas dos participantes sobre a possibilidade de alteração na composição do Conselho Setorial. Segundo Franco, além de ser aprovada pelo Conselho Superior, a proposta de alteração precisa ser chancelada pelo Ministério da Educação. Ele também reforçou a necessidade de a extensão definir um regimento próprio, para que possa tomar decisões legais sobre diferentes assuntos.

Para o professor da Faculdade de Engenharia, Otávio Branco, as conversas não podem ficar em torno apenas de termos jurídicos. “Precisamos atuar na prática da Universidade. Muito mais que números e leis, precisamos interpretar a Universidade como um espaço mais humanizado. Acredito que a discussão é uma forma útil de adquirir conhecimento.” Para o membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Pedro Henrique Cuco, “o Seminário motivou os participantes a sugerirem políticas para a extensão e tornou conhecido dos presentes os problemas que envolvem os projetos de extensão”.  

“Organizar a casa e conhecer as minhas representações”. Dessa forma, a professora da Faculdade de Serviço Social, Ana Lívia Coimbra, definiu sua reivindicação. Para a docente, “os projetos extensionistas precisam passar por reformulações pontuais e serem aperfeiçoados. Sugiro que a representação dos projetos no Conselho deva ser por áreas temáticas e não por áreas de conhecimento”.

Professor Leonardo Carneiro expôs as dificuldades enfrentadas por seu projeto desenvolvido junto às comunidades quilombolas da Zona da Mata (Foto: Willian Oliveira/Proex)

Professor Leonardo Carneiro expôs as dificuldades enfrentadas por seu projeto desenvolvido junto às comunidades quilombolas da Zona da Mata (Foto: Willian Oliveira/Proex)

Ao final do encontro, foi definido que será criado um grupo de trabalho (GT), o qual irá propor uma nova formação para o Conselho Setorial e elaborar um documento inicial sobre um novo regimento para a extensão universitária na UFJF. O grupo será composto por representantes das oito áreas temáticas e dos programas de extensão, da Pró-reitoria de Cultura, dos servidores técnico-administrativos em educação e do DCE, além do pró-reitor e da pró-reitora adjunta de extensão. A primeira reunião do GT está prevista para ser realizada na primeira quinzena de fevereiro.

Balanço
Para Marcelo Dulci, o debate promovido nos dois dias do VIII Seminário de Extensão foi positivo. “No primeiro dia, verificamos os principais desafios e entraves da extensão na UFJF, o que possibilitará avançarmos nessas questões. Já no último dia, tivemos uma boa discussão sobre o Conselho Setorial de Extensão e Cultura. Poderíamos ter aprofundado em alguns assuntos, mas mesmo saindo do planejamento, a comunidade acadêmica pôde se expressar de maneira bastante ativa.” 

Outras informações: (32) 2102-3971 (Proex)