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Iniciativa promove saúde visual de crianças em escolas de Juiz de Fora

Crianças acompanhadas pela equipe do projeto Olho Vivo (Divulgação)

Crianças acompanhadas pela equipe do projeto Olho Vivo (Divulgação)

Com o intuito de melhorar a saúde visual de crianças das escolas estaduais de Juiz de Fora, a Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) desenvolve o projeto “Olho Vivo: o emprego do lúdico no cuidado de enfermagem à saúde ocular das crianças”. A ação foi criada pela professora Zuleyce Lessa, quando ela ainda era docente da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) no campus de Divinópolis. Nas duas universidades, o projeto foi criado a partir de demandas apresentadas por professores do ensino público.

A iniciativa tem como finalidade trabalhar o lúdico na promoção da saúde visual de crianças, além de realizar o teste de acuidade a partir da Escala de Snellen. “A partir do teste, é possível encontrar crianças que apresentam o déficit, mas não definir o grau de comprometimento da visão. Caso seja diagnosticado algum problema, é realizado um segundo teste para encaminharmos a criança a um especialista”, destaca Zuleyce.

O “Olho Vivo” é destinado às crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em parceria com as escolas e com os pais. “A partir disso, podemos identificar, de maneira precoce, o que causa o prejuízo na saúde ocular. Quanto mais cedo descobrirmos, mais rápido poderemos tratar essa criança”, conta Zuleyce.

O projeto é realizado de maneira contínua em duas escolas estaduais na cidade de Juiz de Fora. No entanto, segundo a coordenadora, a intenção é ampliar o projeto. “Já estamos nos adequando para podermos expandir às escolas municipais, uma vez que o trabalho traz benefício para as crianças e sua formação. A iniciativa ainda proporciona aos dois bolsistas e cinco voluntários criatividade e melhor desempenho dentro da sala de aula. Com isso, eles se destacam em meio a universitários que não participam de nenhuma outra iniciativa extensionista.”

Na imagem, o bolsista Lucas Roque, a coordenadora Zuleyce Lessa e a bolsista Yanne Garajau (Foto: Vívia Lima/Proex)

Na imagem, o bolsista Lucas Roque, a coordenadora Zuleyce Lessa e a bolsista Yanne Garajau (Foto: Vívia Lima/Proex)

O bolsista e aluno do sétimo período de Enfermagem, Lucas Roque, acredita que as atividades lúdicas desenvolvidas pelo projeto, como peças teatrais, são essenciais para a realização das atividades.  “Com essas ações, podemos quebrar o medo inicial das crianças, pois elas me reconhecem como o palhaço do teatro e assim fica mais tranquila.” O estudante reforça que através do teatro é possível trabalhar o posicionamento das crianças ao assistir televisão e ao usar o computador, o comportamento delas em sala de aula ou até mesmo orientar em relação à leitura.

Ao final do teste, são feitas perguntas às crianças para avaliarem o aprendizado que elas adquiriram com a atividade do projeto. “Aquelas que tiveram um aproveitamento melhor disseminam para as outras crianças conhecimentos, como o cuidado com os óculos, as posturas adequadas e as sugestões de alimentação”, conta Zuleyce. “O trabalho com crianças é bastante gratificante e o retorno delas é sensacional. Além de melhorar a saúde dos assistidos e oferecer atenção primária, ainda posso, enquanto profissional, aprimorar meus conhecimentos”, destaca a bolsista e estudante do sétimo período de Enfermagem, Yanne Garajau.