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Valadares: Coordenadora de projeto de extensão contribui para elaboração de livro sobre saúde

A professora Lina desenvolveu três artigos para o livro sobre saúde publicado pela UERJ (Foto: Arquivo Pessoal)

A professora Lina desenvolveu três artigos para o livro sobre saúde publicado pela UERJ (Foto: Arquivo Pessoal)

A coordenadora do projeto de extensão “Atenção preventiva e educativa em saúde dos idosos” e professora do Departamento de Fisioterapia em Governador Valadares, Lina Faria, foi convidada para integrar o grupo de pesquisadores que contribuiu com artigos para a coletânea “Contrapontos: ensaios sobre saúde e sociedade”, publicada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Lina, que participou como coautora do livro, desenvolveu estudos referentes à atuação do fisioterapeuta na Atenção Primária à Saúde (APS), à história da hanseníase no Brasil e ao histórico da tuberculose na Argentina.

Os estudos referentes à atuação de profissionais no Sistema Único de Saúde (SUS) apresentam como um dos desafios a busca de novas direções, entre elas, a assistência ao indivíduo de forma ampliada, levando-se em consideração suas especificidades e seus contextos sociais. “Várias pesquisas têm levantado discussões sobre os temas da APS e da atuação fragmentada das equipes de saúde. Alguns trabalhos tentam indicar caminhos que superem a falta de comunicação entre os profissionais e as dificuldades de diálogo”, explica Lina.

Já sobre a hanseníase, a docente expõe os fatores que contribuem para o avanço progressivo da doença, como as condições socioeconômicas e o fato de a população buscar tardiamente as unidades de saúde. “Por ser uma doença transmissível, o diagnóstico precoce é fundamental para a identificação do caso e seu consequente tratamento. Assim, a cadeia de transmissão pode ser interrompida.” A informação correta e a atenção e o respeito à população desassistida em regiões endêmicas são fatores de prioridade no combate à doença. Os estudos da docente levaram em consideração os parâmetros do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS), que apontaram o município de Governador Valadares como uma área endêmica.

Interdisciplinaridade

Para Lina, o interesse pela Saúde Coletiva ainda é um obstáculo dentro do ambiente acadêmico. Por isso, há necessidade de revisão e atualização dos projetos pedagógicos e da prática profissional, adoção de metodologias de ensino que permitam a interdisciplinaridade, assistência não fragmentada e trabalho em equipe.  Segundo a docente, a superação do distanciamento profissional com sustentação de atitudes coletivas contribui para melhorias no atendimento. “O processo terapêutico é um ótimo exemplo, pois requer atitude reflexiva por parte do profissional de saúde e envolvimento afetivo com o outro.”

Livro reuniu estudos de diferentes áreas da saúde (Reprodução)

Livro reuniu estudos de diferentes áreas da saúde (Reprodução)

A interdisciplinaridade é colocada em prática no campus avançado através do projeto “Atenção Preventiva e Educativa em Saúde do Idoso”, desenvolvido pela docente. Na iniciativa extensionista, atuam professores e estudantes dos cursos de Fisioterapia, Medicina, Farmácia, Odontologia e Nutrição. “Procuramos participar em conjunto para haver troca de experiências entre os profissionais. Também incentivamos os alunos a participarem de forma ativa, com sugestões de atividades com os idosos e na participação em eventos científicos.”

O livro
Organizada pelo professor do Instituto de Medicina Social da UERJ, Luiz Antônio de Castro Santos, a obra “Contrapontos: ensaios sobre saúde e sociedade” reúne artigos de pesquisadores das Ciências Sociais, da Fisioterapia, da Enfermagem e da Medicina Preventiva com perspectiva histórica e direcionados para contextos, circunstâncias e problemas contemporâneos na área da saúde.