O campus avançado da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares (UFJF-GV) foi recentemente contemplado com o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). A implantação do projeto foi uma iniciativa do Departamento de Medicina e Fisioterapia da Universidade, vinculado à Faculdade de Medicina, com a contribuição de professores de outros departamentos. 173 alunos concorreram a 48 vagas, sendo metade das vagas destinada a bolsistas e a outra metade a voluntários.
Ao todo 113 candidatos foram aprovados para a segunda etapa que classificará 48 alunos. Todos os selecionados devem ter disponibilidade de 8 horas semanais, durante dois anos (2013 a 2015), para se dedicarem às unidades que compõem as redes de atenção à saúde da cidade. Para o coordenador técnico do PET-Saúde em Redes do campus avançado, professor da Faculdade de Medicina, Marcos Alex Mendes, a recente instalação do campus na cidade é um dos motivos que levou tantos estudantes a participarem do processo seletivo. “Os alunos não precisarão esperar até o quinto período para praticarem de atividades estagiarias.”
Os selecionados serão divididos em dois grupos que desenvolverão ações ligadas a Rede Cegonha e a Rede de Atenção Psicossocial em Saúde. A Rede Cegonha é um programa lançado pelo governo federal em 2011, que visa garantir acompanhamento pelo Sistema Único de saúde (SUS) às gestantes, desde a confirmação da gravidez até os dois primeiros anos de vida da criança. Já a Rede de Atenção Psicossocial em Saúde é um serviço público de saúde mental, que atende pessoas com transtornos mentais com objetivo de tratar esses pacientes de forma adequada.
O PET-Saúde da UFJF é vinculado ao Ministério da Saúde e atua ativamente no Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde). O objetivo do projeto é contribuir para a formação dos profissionais de sáude, de modo que eles possam trabalhar de acordo com os princípios do SUS, ao mesmo tempo em que busca capacitar no uso de tecnologias já inseridas na rede de saúde. “O projeto não inclui apenas atividades de ensino, mas também abrange extensão e pesquisa, além de ser uma oportunidade para o aluno aprender com a realidade vivida na rede de saúde, uma vez que trabalha diretamente com a comunidade”, declara Mendes.