Projeto coordenado pela professora Ana Paula Cândido atua na orientação nutricional
O curso de Nutrição foi implantado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em 2009 e, apesar de recente, ele conta com uma variedade de projetos de extensão. Para saber mais sobre as ações desenvolvidas e sobre a vocação do curso para a extensão, conversamos com três professoras do Instituto de Ciências Biológicas (ICB)/Departamento de Nutrição.
Para Michele Netto, que coordena quatro iniciativas, a Nutrição tem característica voltada para a extensão por ser um curso da área da saúde. “O nutricionista trabalha com o aspecto preventivo e, como dentro desse aspecto focamos na educação nutricional, isso desperta a vocação para o trabalho com extensão, unindo as atividades assistenciais e as educativas.”
A professora Ana Paula Cândido, que desenvolve cinco projetos, destaca que a extensão é a melhor forma de prevenir agravos na população. Além disso, ela destaca que o foco da Nutrição é a prevenção e a educação. “As atividades extensionistas enfatizam principalmente o bem estar físico, mental, social do indivíduo. Por isso, acredito que pensar em saúde é pensar em prevenção. E não há prevenção sem uma alimentação adequada.”
Para a professora Renata Silva, que está à frente de quatro projetos que tem como objetivo a promoção de hábitos alimentares saudáveis e promoção à saúde, “a Nutrição, cada vez mais, se estrutura como um curso de presença expressiva na sociedade”.
Segundo a professora Michele Netto, trabalhos voltados para educação nutricional estão intimamente relacionados a extensão
Além disso, as docentes destacaram o estímulo do Departamento para a atuação com ações de extensão. “Nas reuniões sempre é falado sobre a importância dos projetos de extensão. Além disso, o Departamento nos facilita o uso de equipamentos para o desenvolvimento das atividades”, destaca Michele.
Segundo Ana Paula, todos os projetos tem a colaboração dos professores do departamento. “Entendemos que o bem comum é a população, e consequentemente, ações para a melhoria da saúde e do bem estar fazem parte das atividades do departamento.”
Já Renata enfatiza que há um constante incentivo do Governo e da própria Universidade para que ações de ensino e pesquisa estejam aliadas às atividades de extensão. “Isso possibilita vivências práticas aos alunos, ao mesmo tempo em que permite que a comunidade acadêmica cumpra também seu papel social. O aumento do incentivo e financiamento de projetos de extensão, tanto por órgãos governamentais como pela própria universidade, tem estimulado o desenvolvimento destas atividades.”
Alunos do curso de Nutrição destacam a importância da prática para o aprendizado da profissão
Oportunidade de aprendizado
As docentes falaram sobre a recepção dos alunos para os projetos, destacando a importância de aliar ensino e extensão. Segundo Michele, os alunos têm uma ótima receptividade quanto aos projetos. “Eu tenho bolsistas de extensão, de iniciação científica e voluntária. Todos adoram participar e isso é importante porque eles conseguem unir os conhecimentos da extensão e do ensino.
Já Ana Paula enfatiza a experiência adquirida nas iniciativas. “Isso contribui para a formação dos acadêmicos, auxiliando no crescimento e na ampliação dos conhecimentos, pois unem a prática do exercício profissional à vida acadêmica, tornando-se complementar às questões teóricas ensinadas em sala de aula.”
Já Renata destaca que a extensão permite a experiência prática das discussões feitas em sala de aula. “Considero que aliar atividades de extensão com o ensino, aproxima o estudante da realidade profissional e facilita o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, sendo um curso da saúde, a inserção do aluno na comunidade é fundamental para sua formação.”