Lar conturbado, envolvimento com drogas e, até mesmo, influências de filmes e jogos são apontados como motivos para atos violentos. Para debater sobre o tema, foi realizado na última quinta (14) e sexta (15) o seminário “Violência Urbana em Juiz de Fora: o que deve ser feito?”. O evento contou com a presença do prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, do presidente da Câmara Municipal, Julio Gasparette, do pró-reitor de extensão da UFJF, Marcelo Dulci, professores da UFJF, além de autoridades locais e profissionais de órgãos públicos.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Defesa Social divulgados neste mês, houve crescimento de crimes violentos e homicídios na cidade. Em janeiro de 2012, houve registro de 74 crimes. O número subiu para 158 no primeiro mês deste ano, aumento superior a 100%. Para o prefeito Bruno Siqueira é fundamental investir em programas sociais como forma de afastar adolescentes e jovens do crime. Já o secretário geral da UFJF, Sebastião Marsicano Júnior, destacou que é importante que “haja debates sobre os fatores externos que levam ao crime, mas que não devem ser esquecidas as causas internas, resultados de como nos comportamos e lidamos com as situações do dia a dia”.
O advogado e doutor em psicologia Jacob Goldberg e o pesquisador do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), Leandro Piquet, debateram a violência urbana no país. Piquet destacou a importância de realizar tentativas na busca por melhorias. “O município deve reforçar seu papel, além de promover as inovações em pequenas escalas para que haja o entendimento de que é possível mudar.”
Para a estudante de Direito, Laila Mimura, o evento “é de extrema importância para a sociedade, no qual pode se discutir a violência buscando em suas origens as possíveis soluções ou os caminhos para uma melhor convivência com essa situação”.
Já na tarde de sexta-feira (15), os professores da UFJF Paulo Fraga, Telmo Ronzani, Vicente Riccio e Maria Aparecida Cassab, além da jornalista Marise Baesso, da líder comunitária Adenilde Petrine e da professora do Instituto Vianna Júnior, Cyntia Chaves, apresentaram ao público um diagnóstico sobre a violência em Juiz de Fora e apontaram perspectivas. O evento foi encerrado com uma mesa redonda com autoridades da área de segurança pública da cidade, que apontaram ações de prevenção e combate à violência.