Considerado por muitos um dos instrumentos mais democráticos, o violão abrange os mais variados ritmos. Do rock ao sertanejo, do axé ao reggae, do samba à música clássica, sua popularidade é incontestável entre os brasileiros.
Berço de importantes violonistas, Juiz de Fora tem sido palco de grandes apresentações. No entanto, a cidade era carente de um evento periódico em que o violão atuasse como protagonista. Com o intuito de suprir essa necessidade, o professor de bacharelado em violão do Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Juiz de Fora (IAD/ UFJF), Luis Carlos Leite da Cunha e Melo, criou o projeto Violões na Casa. “A iniciativa surgiu a partir da vontade que tínhamos de criar uma série periódica tendo o violão como protagonista. A periodicidade é importante para que as pessoas tenham a expectativa do acontecimento”, afirma.
Além de reunir amantes do instrumento em um evento com periodicidade definida, o projeto também tem a função de criar uma plataforma em que os alunos do curso de bacharelado em violão possam ter experiência na apresentação de concertos para o grande público. Segundo a bolsista do projeto, Marcela Cavalari, a criação dessa plataforma é importante, pois proporciona aos alunos a chance de aprender a lidar com o nervosismo e a timidez. “É uma ótima oportunidade para as pessoas conhecerem o trabalho que é feito pelo curso da UFJF”, complementa. Os concertos são realizados por violonistas locais e convidados, além de estudantes de Bacharelado em Violão.
A apresentação do último mês foi realizada pela dupla Luane Voigan, voz, e Frederico Grünewald, violão, que apresentaram um repertório voltado para o erudito com compositores tradicionais do violão, como Vila Lobos e Casoria. O evento é realizado sempre na última terça-feira do mês, na Casa de Cultura, localizada na Avenida Rio Branco 3372, Centro.
Popular e Erudito
Similar ao que é realizado no curso de Bacharelado em Violão, o projeto irá trabalhar com as duas vertentes do instrumento, tanto a popular, quanto a erudita. “No curso de música, procuramos não destacar essa diferença, ao contrário, buscamos uma formação híbrida e plural”, destaca o professor Luis Carlos Leite.