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Proext 2013: Projeto resgatará memória ferroviária da Zona da Mata Mineira

Programa buscará resgatar a tradição das ferrovias na região (Reprodução da Internet)

Em Minas Gerais a palavra trem é sinônimo para tudo. Pode representar desde um objeto, uma ação, um sentimento ou o meio de transporte que trafega sobre trilhos. Esse último significado carrega a tradição mineira. Foi por meio de suas viagens que o estado se formou. A Zona da Mata é um exemplo disso. Muitas cidades da região nasceram e se desenvolveram com a chegada da Estrada de Ferro Central do Brasil e têm sua história intimamente ligada à da ferrovia. Porém, com o passar dos anos, o trem já não está mais tão presente no cotidiano do mineiro.

Para que essa parte da história não se perca, e continue viva na mente das pessoas, o professor Marcos Olender, do departamento de História da UFJF, criou a iniciativa “Memória Ferroviária da antiga Estação de Ferro Central do Brasil na Zona da Mata de Minas Gerais”. O programa, que tem a previsão de início para 2013 irá resgatar a memória ferroviária em seis municípios da Zona da Mata: Matias Barbosa, Antônio Carlos, Juiz de Fora, Ewbank da Câmara, Santos Dumont e Barbacena.

Plano de Ação

Segundo Olender, projeto buscará apoio da comunidade local (Arquivo/Secom)

A iniciativa, contemplada pelo Programa de Extensão Universitária (Proext 2013), edital publicado pelo Ministério da Educação (MEC), receberá recurso de R$ 149.991 e contará com as etapas de avaliação, inventário e exposição. Sua principal base será a participação da comunidade no processo. “Queremos trabalhar de forma que a comunidade participe efetivamente da produção do material já que ela conhece o local”, afirma Olender.

A primeira etapa consiste nas visitas à prefeitura e às ONGs ligadas à ferrovia e às comunidades. “É um trabalho em que identificamos quem são as famílias e as comunidades envolvidas.” A partir disso, juntamente com a comunidade, serão produzidas exposições, documentários, encontros e seminários. No final de 2013, será realizado um evento conclusivo em Juiz de Fora. “Apresentaremos à comunidade o material produzido junto a seus membros para que, no futuro, eles possam dar continuidade a esse trabalho”, ressalta o professor.

Multidisciplinaridade
O programa demanda a participação de profissionais de diferentes áreas, como arquitetura, história e comunicação. “O historiador fará a pesquisa histórica daquele bem ou saber. Já o arquiteto orientará a pesquisa nas áreas urbanas que foram construídas ou consolidadas a partir da ferrovia. O comunicólogo, por sua vez, fará o registro das atividades”, explica Olender.