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Plantando a Semente: Iniciativa busca estimular ações sustentáveis nas escolas

A equipe do projeto apresentando o kit ecológico distribuído aos colégios

Sustentabilidade é um assunto que está em voga. Empresas, organizações não governamentais e políticos cada vez mais discutem o tema. Então, por que não levar essa discussão para as salas de aula? Esse é um dos objetivos do projeto de extensão “Minha Escola Sustentável”. Coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Celso Bandeira, a iniciativa conta com a participação de cinco escolas municipais e uma particular.

O projeto atua junto aos professores, diretores e alunos do ensino fundamental. Por meio de encontros periódicos e atividades pedagógicas, a educação ambiental é disseminada, de forma a despertar o senso crítico e a conscientização sobre a preservação do planeta. “Acho fundamental trabalhar no ensino de base, pois não existe outro caminho a não ser a sustentabilidade ambiental. O ser humano tem esse desafio”, declara Bandeira.

O bolsistas Silas ministrando a palestra para os alunos da sexta série

Entre as atividades estão ações educativas, eventos, palestras, visitas à Universidade, além da instalação de pluviômetros nos colégios atendidos, usados para a análise da qualidade da água de chuva. Para auxiliar no procedimento, os colégios recebem kits ecológicos, que permitem avaliar, entre outros itens, a acidez da água e a presença de coliformes. “Nós treinamos os funcionários das instituições de ensino para fazer a medição e a coleta, para que possamos realizar a análise”, conta o vice-coordenador do projeto, professor Marconi Fonseca.

As instituições participantes foram escolhidas de acordo com sua posição geográfica. “Procuramos ter uma distribuição uniforme dos colégios para termos uma representatividade melhor dos dados de chuva”, explica Bandeira. O projeto, que tem interface com ensino e pesquisa, conta com a colaboração dos bolsistas Silas de Oliveira e Nicole Hastenreiter, ambos do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Parceria nota dez
Além de intensificar o ensino ambiental, a iniciativa procura aproximar as escolas da Universidade. “Mostramos que a UFJF é um ambiente aberto e que podemos sempre trocar informações. Os alunos veem que a instituição não está tão distante da realidade deles e os professores percebem que nós somos parceiros”, acrescenta o coordenador.

Projeto ensina profissionais das escolas a usarem o pluviômetro

O projeto, que surgiu de uma demanda da Escola João Guimarães Rosa, encontrou em outras unidades de ensino um campo receptivo para germinar as ideias e expandir as atividades. “As portas se abriram muito fáceis. As diretoras nos receberam com uma perspectiva de crescimento para a própria escola. E a maior gratidão que nós temos neste projeto é ver realmente os alunos participando.”

Para a diretora da Escola Municipal Georg Rodenbach, Paula Melo, essa parceria reuniu o útil ao agradável. “Tem nos ajudado muito. É uma união muito saudável para nós, na qual esperamos que as crianças possam ficar estimuladas não só pela questão ambiental, como também em ingressar, futuramente, na UFJF.”

Já para a professora de Ciências, Sofia de Oliveira, o trabalho desenvolvido veio agregar valor às atividades realizadas pelo colégio. “Antes mesmo do projeto, nós trabalhávamos a questão do meio ambiente. Essas ações em conjunto promovem uma conscientização maior dos alunos em relação a esses assuntos, que ainda são encarados como desafiadores.”

Alunos assistidos pelo projeto em visita ao campus da UFJF

Bons frutos
Embora a iniciativa esteja em seu primeiro ano, a equipe está com boas expectativas em relação aos resultados. “Com esse pouco tempo já percebemos que o ‘Minha Escola Sustentável’ trará bons frutos a longo prazo”, afirma Bandeira.

Frutos que já começam a aparecer, como conta Fonseca. “Nós despertamos nos professores a vontade de buscar novas capacitações. Constatamos que eles têm interesse em lidar com essa temática.” Com os alunos também não é diferente. “Quando terminamos uma palestra, eles nos procuram e questionam. Ao chegarem em casa, comentam o assunto com os pais. Assim começa a se formar um ciclo.”

Escolas Participantes:
– Municipais: Gilberto de Alencar (Barreira do Triunfo), João Guimarães Rosa (Bosque do Imperador), Georg Rodenbach (Grama), Antônio Faustino da Silva (Linhares), e Olinda de Paula Magalhães (Jd. Esperança)
– Particular: Colégio Stella Matutina (Centro)