Pufes produzidos pela associação Lixarte
Com o intuito de conscientizar a comunidade sobre o cuidado e preservação ambiental, o evento “UFJF Iniciativas Sustentáveis” trouxe diversas ações educativas como oficinas, expositores e atrações com o objetivo de atingir o público de forma interativa com apresentações de dança e desfile de roupas confeccionadas a partir de material reaproveitado.
A associação Lixarte – do lixo à arte, coordenada por Reginaldo Barbosa e acompanhada pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Juiz de Fora (Intecoop/UFJF), participou por meio de uma oficina que apresentou a técnica da confecção de pufes com garrafas PET. Segundo Barbosa, além do produto ter custo quase zero, a prática diminui o lançamento de recipientes plásticos no ambiente, reduzindo impactos ambientais. “As garrafas da maioria dos meus vizinhos não vão mais para o lixo. A nossa associação reaproveita todas elas confeccionando poltronas, brinquedos, porta-guardanapo e outros artigos.”
Artigo artesanal produzido pelas cooperativas acompanhadas pela Intecoop
Além destas peças, Barbosa ainda conta que está inovando seu acervo. “Este ano já consegui fazer uma cama e um guarda-roupa só com garrafas”, diz o coordenador que pretende, assim que aperfeiçoar a técnica, transmiti-la aos associados da Lixarte.
A Tenda de Minas Solidária, entreposto comercial vinculado à Intecoop, participou por meio do grupo de artesãos “Mãos que geram arte” com o desfile de roupas e acessórios produzidos inteiramente com material reaproveitado. Segundo Ângela Vilela, coordenadora da Tenda de Minas, a técnica favorece as defesas ambientais e poupa a utilização de material. As modelos apresentaram roupas confeccionadas com sacolas plásticas, anéis de latinha, cartões telefônicos e lona de guarda-chuva. Foi exposto, ainda, um vestido de noiva totalmente produzido com filtro de papel usado para coar café.
Fantasia de baiana será apresentada às escolas de samba da cidade
Segundo Vilela, os artesãos do grupo têm a intenção de inserir essas roupas nos desfiles de escolas de samba da cidade. “Confeccionamos uma roupa de baiana com sacolas plásticas e garrafa pet. Estamos trabalhando para que as escolas de samba desfilem, ao menos, com um destaque de cada ala produzido com material reaproveitado.”
O grupo também expôs outros produtos artesanais produzidos com material que teria o lixo como destino, como é o caso de acessórios a partir de fita cassete e disco de vinil, e ministrou uma oficina que ensinou a produzir embalagens com folhas de revistas e panfletos de supermercado.
Outras informações: Intecoop: (32) 2102-3397